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Saturday, September 15, 2018

REDE VOLTAIRE -- Demissão do Almirante McRaven, antigo assassino-mor do Pentágono




Demissão do Almirante McRaven, antigo assassino-mor do Pentágono


REDE VOLTAIRE | 14 DE SETEMBRO DE 2018 




O Almirante William H. McRaven apresentou ao Secretário da Defesa, a sua demissão
do Conselho Consultivo da Inovação.

Este Conselho foi criado em 1996, pelo Secretário da Defesa, Ash Carter, a fim de tirar o melhor partido das indústrias inovadores de Silicon Valley. Agrupa personalidades da Internet e militares de alta patente.

O Almirante McRaven entrou em oposição frontal com o Presidente Trump, após a revogação deste último, da Habilitação de Segurança ou seja, do acesso aos Serviços Secretos e de Defesa do antigo Director da CIA, John Brennan. Ele publicou, nessa ocasião, um artigo a solicitar a rescisão da sua própria Habilitação de Segurança. Este texto foi publicado pelo Washington Post [1] no mesmo dia em que antigos altos funcionários dos Serviços Secretos também publicaram um texto a apoiar Brennan [2].

Após a publicação de um artigo anónimo anti-Trump no New York Times [3], desta vez atribuído a um alto funcionário da Casa Branca, McRaven foi convidado a demitir-se do Conselho do qual era membro.

O Almirante McRaven tornou-se célebre ao conduzir a operação Tridente de Neptuno (Neptune’s Spear). Teria, supostamente, assassinado Osama Bin Laden na sua casa, em Abbottabad, no Paquistão. Esta operação, encenada pelo Presidente Barack Obama, foi vivamente contestada pelo Paquistão. Primeiro, porque foi levada a cabo, violando a soberania desse país e, em seguida, porque Osama Bin Laden não residia em Abbottabad, mas morreu no Afeganistão, em Dezembro de 2001. Na altura,o  Almirante McRaven chefiou as Forças Especiais (US SOCOM). Como tal, foi ouvido em audiência pelo Congresso e revelou, orgulhosamente,  comandar assassinatos políticos em 78 países, em todo o mundo. O Presidente Obama encarregou McRaven de formar uma rede com as Forças Especiais Aliadas, de maneira a poder assassinar qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, em menos de 48 horas. [4]

John O. Brennan percorreu uma longa carreira na CIA até se tornar Director da mesma (2013-17). Desenvolveu, consideravelmente, o programa de assassinatos por drones da Agência. Neste contexto, trabalhou em estreita colaboração com o Almirante McRaven. No entanto, entrou em conflito com o General Michael T. Flynn, dos Serviços Secretos Militares. Designado como primeiro Conselheiro de Segurança Nacional, do Presidente Trump, Flynn mandou, imediatamente, demitir Brennan e tentou reorganizar a CIA, dando prioridade às missões de Serviços Secretos humanos e não mais liquidar os seus inimigos. Então, Brennan liderou a luta política contra Flynn e Trump, acusando-os de serem agentes russos. A sua Habilitação de Segurança foi revogada em 15 de Agosto de 2018.

[1] « Revoke my security clearance, too, Mr. President », by William H. McRaven, Washington Post (United States), Voltaire Network, 16 August 2018.
[2] “Statement from former senior intelligence officials”, Voltaire Network, 16 August 2018.
[3] “I Am Part of the Resistance Inside the Trump Administration”, New York Times (United States), Voltaire Network, 5 September 2018.
[4] « La globalisation des Forces spéciales », por Manlio Dinucci, Tradução de Marie-Ange Patrizio, Il Manifesto (Italie), Réseau Voltaire, 13 de Maio de 2014.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos

«A ARTE DA GUERRA»

A globalização das forças especiais

Forças especiais do exército dos EEUU foram criadas para usar suas habilidades militares com foco na realização de operações de guerra não convencionais, principalmente fomentando tumultos ou assassinando opositores políticos. Washington está secretamente implantando tais forças em 78 países e negando sua existência, mesmo enquanto o orçamento para as suas missões excede 10 bilhões de dólares anualmente. A proliferação dessas forças deve permitir que Washington estenda sua ditadura invisível ao redor do globo.
  
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Um único acidente pode às vezes revelar toda uma "guerra secreta". Isso foi o que aconteceu no Iêmen onde, em Sana, um membro das forças especiais dos EUA e um agente da CIA dispararam contra dois homens e os mataram. De acordo com a versão oficial, eles eram dois terroristas da Al Qaeda que tentaram raptá-los. O incidente, claro como o dia, provocou uma onda de protestos contra o governo, já acusado de permitir drones da CIA lançados de uma base Saudita a operar no Iêmen.

O Pentágono – afirmou o New York Times – intensificou as operações de suas forças especiais no Iêmen. Um país de grande importância para sua posição geoestratégica sobre o estreito de Bab el-Mandeb, que atravessa o Oceano Índico e o Mar Vermelho e é uma via de trânsito para rotas importantes de petróleo e de comércio ligando Europa e Ásia. Situado próximo ao Iêmen, 30 kms de distância ao longo da costa africana, Djibouti hospeda a Combined Joint Task Force-Horn of Africa [Força-Tarefa Combinada do Chifre da África], com aproximadamente 4.000 homens anexados às forças especiais dos EUA. Usando helicópteros e aeronaves especiais, eles realizam incursões noturnas, particularmente na vizinha Somália e no Iêmen, apoiados por contratantes de atiradores de elite e especialistas em técnicas de assassinato. Forças especiais, destacadas para o comando da África (AFRICOM) operam na Nigéria e em muitos outros países africanos. Eles são parte do comando de operações especiais (USSOCOM), que foi usado pelo republicano George W. Bush, especialmente no Afeganistão e no Iraque, e assumiram uma nova importância no âmbito do democrático Presidente Obama.
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Neste livro de doutrinação [‘cult book’], o Almirante McRaven descreve as operações de comando mais selvagens da história, incluindo a falsa morte de Osama bin Laden no Paquistão.
A administração de Obama – escreveu o jornal Washington Post – "prefere ação secreta ao invés do uso da força convencional." O comandante do USSOCOM Almirante William McRaven atestou um mês atrás perante um comitê do Senado que as forças de operações especiais dos EUA estão ativas em 78 países em todo o mundo, através do envolvimento direto ou por unidades locais de treinamento.
O Almirante falhou em especificar quais os países, apenas indicando que um novo comando de forças especiais, englobando também as forças da OTAN, foi criado no Afeganistão. Daí, a guerra de Washington no Afeganistão não vai parar, mas simplesmente mudar para o modo "secreto".
Outras fontes oficiais relatam que forças especiais foram implantadas na Jordânia e Turquia para treinar e supervisionar grupos para a "guerra secreta" armada na Síria (como havia sido feito na Líbia).
Forças especiais são cada vez mais utilizadas na Europa Oriental. Especialmente quando treinaram os neo-nazistas que serviram para realizar o golpe em Kiev, como confirmado pela documentação fotográfica provando que membros neo-nazistas ucranianos do grupo UNA-UNSO estavam recebendo treinamento na Estônia desde 2006 [1].
Mas o USSOCOM está olhando muito além: em sua "Visão 2020", planeja a "construção de uma rede global de forças de operações especiais", incluindo aquelas de países aliados, incluindo a Itália, a ser colocada sob o comando dos EUA. Desta forma, a decisão de ir à guerra fica cada vez mais concentrada nas mãos daqueles que estão no ápice do poder, privando os parlamentos do pouco poder de decisão que ainda lhes resta. E a guerra vai se tornando mais e mais invisível aos olhos da opinião pública, já amplamente condicionada a acreditar somente no que vê, ou melhor, na distorção e na falsificação da realidade que nos são mostradas pela mídia.
Como é o caso da campanha da Casa Branca para a libertação das meninas raptadas pelos nigerianos quando, no Iêmen, onde as forças especiais dos EUA mandam, milhares de meninas e mulheres jovens da África são forçadas a cada ano à escravidão sexual para o prazer dos ricos amigos iemenitas e sauditas de Washington.
Tradução
Marisa Choguill

Documentos anexados

 
SOF Vision 2020 (1997)
(PDF - 4.9 Mb)
 
[1] “Manifestantes de Maidan formados pela Otan em 2006”, Traduction Alva, Rede Voltaire, 9 de Fevereiro de 2014.

Este artigo encontra-se sob licença creative commons
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