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Wednesday, September 21, 2016

V. Solovyov entrevista Vladimir Putin -- A NOVA ORDEM MUNDIAL -- A DERROCADA DO SISTEMA DE YALTA -- Parte I








A NOVA ORDEM MUNDIAL -- A DERROCADA DO SISTEMA DE YALTA

Entrevista de Vladimir Solovyov a Vladimir Putin

Traduzido do Russo para Inglês por Vox Populi Evo
Translated from Russian to English by Vox Populi Evo

Traduzido para português por amável cortesia de Vox Populi Evo:
Translated in Portuguese by kind courtesy of Vox Populi Evo.
Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

Nota da tradutora: Lamento ter de postar o vídeo desta maneira, mas sou apenas uma tradutora e não sei legendar vídeos. Desde o aparecimento do mesmo online,em Janeiro deste ano, tentei obter o srt. tendo-o conseguido recentemente por cortesia da Vox Populi Evo. Um colega brasileiro tem diligenciado fazer o 'upload' do mesmo, mas encontrou grandes dificuldades de sincronização, e o aparecimento das legendas em Inglês. O indicado seria fazê-lo directamente do canal de Vladimir Soloviev, indicado a seguir.

Se algum dos leitores estiver interessado na tradução deste vídeo para outras línguas, posso fornecer o srt em língua inglesa, com permissão da Vox Populi Evo. Se souber legendar vídeos, posso fornecer o srt. file da minha tradução. Antecipadamente grata.

N. of T: I regret very much to post the video this way, but I am only a translator. I do not know to subtitle videos. Since this one came online on January 2016, I have tried hard to get the srt. file, and I got it only quite recently by courtesy of Vox Populi Evo. A Brazilian colleague, quite used in this kind of work, is trying to do the upload of the same but he met great difficulty with the synchronicity of the same, and the English subtitles subsist, that causes confusion. The best would be doing directly from the Russian one from Vladimir Solovyov Youtube Channel

https://www.youtube.com/watch?v=ZNhYzYUo42g

PARTE I



00:00:25,666 -- Vladimir Soloviev:
Queremos fazer um filme sobre a nova ordem mundial,  
sobre a nova escala de valores,  
sobre o que nos está a acontecer, 
sobre o mundo que herdámos dos nossos antepassados
e sobre o mundo que vamos entregar aos nossos filhos. 
Para atingir este objectivo, é necessário observar e pensar, 
escutar e analisar.  
Só assim é que as conclusões não serão falsas. 
- Vladimir Vladimirovich, haverá guerra? 
- Quer dizer uma guerra global? 

Organização das Nações Unidas:

00:01:05 -- Oliver Stone:
Há valores comuns no mundo.  
Existem em cada religião, cor, forma e campo de acção. 
O mundo é infinitamente misterioso, infinitamente profundo.
  
00:01:22,266 -- Sahra Wagenknecht:
Aquele que afirma que a ordem social moderna é perfeita, é seguramente um cínico.   
- O mundo moderno está longe de ser justo.
     
00:01:32,166—Dominique Straus-Kan:
 Existe apenas uma única ambição política: fazer com que o mundo seja justo.

00:01:41,866 – Thomas Graham:
- Até certo ponto, vai depender das decisões de pessoas específicas. 

00:02:09,966 – Vladimir Putin nas Nações Unidas:
- A situação é mais do que perigosa.

Quero perguntar aos que criaram esta situação:

Compreendem agora o que fizeram? 

00:02:49,966 -- Nova York, Assembleia Geral das Nações Unidas.   

Dirigiu-se para a tribuna, o ambiente não era propriamente amistoso.  
Antes dele, tinha sido proferido um discurso pelo Presidente dos Estados Unidos.  

Vladimir Soloviev: Sabia o que Obama tinha proferido? 

Vladimir Putin: Não. Tinha acabado de chegar.

Vladimir Soloviev: Disse-lhes na cara: Sabem o que fizeram?  

Vladimir Putin:  Não disse isso na cara DELE.    
Tenho comunicado com muitos líderes,   
quer americanos, quer europeus, durante mais de um ano.   
Quando começaram várias operações, no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia,   
estive sempre certo de que as acções tinham de ser cuidadosas.  
Sem as ideias de ninguém sobre o Bem e sobre o Mal      
- a Democracia como o Bem, por exemplo           
não pode ser transferida  para outros países e povos,   
que têm culturas, religiões e tradições diferentes.  
Falando sinceramente, ninguém estava a escutar! - Porquê?           
Porque parece que se consideram infalíveis e poderosos.   
E não têm responsabilidade! 
          

00:04:21,200 -- A situação na Síria.                
Hoje, a Síria é o pior lugar do mundo no que diz respeito aos direitos humanos.                     


00:04:28,200 – Julian Assange:
A população da Síria é de cerca de 23 milhões de habitantes.              
Quase metade deles estão agora refugiados ou mortos.         
Por isso, metade do país já está destruído.                 

Julian Assange publicou milhares de emails no seu site Wikileaks               
derramando luz sobre os crimes dos militares americanos no Iraque             
e sobre os preparativos de destabilização da situação na Síria.                
Não pode sair da Embaixada do Equador há 3 anos.           
Refugia-se aí, devido a acusações que levantam dúvidas em todo o mundo.        
Não há muito tempo, o seu nome poderia ter-se tornado numa lenda do jornalismo.             
Agora, é um prisioneiro político da ordem actual do mundo.                   


00:05:23,500 –Julian Assange:
- Demonstrámos através de provas na nossa rede                    
que os EUA tentaram destruir Assad, pelo menos, desde 2006.                 
Para consegui-lo, não só aumentaram o descontentamento actual dentro do país           
a respeito da democracia e dos direitos humanos,                     
mas também provocaram o governo de Assad, a fim de reagir com demasiada urgência.                       
São palavras concretas de mensagens               
fornecendo tensões entre os sunitas e os shiitas.          


00:05:58,700 –Pervez Musharraf:
- O mundo muçulmano foi colonizado cerca de 200 anos antes da Segunda Guerra Mundial.          
Talvez toda a parte da Turquia. A totalidade do mundo muçulmano.     
Quando obtivemos a independência, eramos pobres e analfabetos. Uma nação atrasada.                  
A religião era o único apoio das massas analfabetas e atrasadas.        

Pervez Musharraf, um dos aliados dos Estados Unidos:                            
- Primeiro de tudo, cheguei para felicitar o Presidente Bush pela sua vitória nas eleições.           
- A amizade entre os EUA e o Paquistão é fundamental           
para assegurar a protecção e a estabilidade do Médio Oriente.               

O General Musharraf subiu ao poder devido a uma revolta.
O seu governo no Paquistão foi muito severo.            
O seu destino repetiu  exactamente o caminho de muitos governantes orientais, leais aos EUA.       
Logo que as suas políticas se tornam muito independentes,            
o governo dos EUA abandona-os ao seu destino.                     
Musharraf perdeu o poder e refugiou-se em Londres, fugindo à justiça. 
Só ultimamente, diligenciou regressar a Karachi.  
Ele sobreviveu a muitas tentativas de assassínio dos islamitas.                
Não obstante, organizou a sua estratégia pacífica de desenvolvimento do mundo islãmico.            
- A estratégia diz respeito ao mundo muçulmano.                          


00:07:42,133 -- Pervez Musharraf:
Rejeitamos o extremismo e o terrorismo,            
e seguimos a via do desenvolvimento social.                            
E pedimos ao mundo que nos ajude, o mundo muçulmano,                   
um dos mundos mais atrasados e não educados,                
a fim de nos ajudar a desenvolver social e economicamente.                      
Mas, por outro lado, perguntamos se o Ocidente                             
devia resolver os problemas políticos que dizem respeito ao mundo muçulmano.                        


00:08:18,533 – Julian Assange:
- Em Dezembro de 2011, publicámos um documento significativo                             
em que esclarecemos uma reunião de representantes das Forças Aéreas americanas, francesas e britânicas,      
e dos representantes de Stratfor.
É uma empresa privada de serviços secretos americanos.  
Debateram os assuntos da Síria, quem estava a agir aí e de que maneira.           
Disseram que os agentes secretos já estavam a trabalhar lá,            
a fim de promover a organização de assassinatos.            
Mas também precisavam de rebeliões públicas e de derramamento de sangue            
para ter uma razão importante para poder intervir e atacar a Força Aérea síria.        


00:08:56,133 – Vitaly Churkin:
- Vetamos 4 resoluções sobre a Síria,              
em aspectos políticos da crise síria.  
Três resoluções foram vetadas juntamente com a China.            
Dissemos: O Conselho de Segurança das Nações Unidas não devia envolver-se na mudança de regime.    
   

00:09:09,333 – Julian Assange:
- Há fornecedores de armamento,           
empresas que são íntimas da Arábia Saudita, da Turquia e do Qatar,                
tais como a CIA, a Força Aérea americana, etc.    
Elas tendem a robustecer-se,          
para justificar os orçamentos através duma intervenção na Síria.         


00:09:29,666 – HADJ VAIL‘ – Refugiado da Síria:
- Antes da guerra, vivíamos bem e com riqueza, na Síria.           
Quem disser o contrário, mente.               
Os salários eram suficientes e tudo era barato.    
Uma vida comum e normal.   
Quando chegaram os terroristas, a vida tornou-se pior do que nunca. 


00:10:11,466 – Viaschelav Nikonov:
- A situação na Síria é devida às violações mais rudes da lei internacional    
estabelecida há 70 anos pela Carta das Nações Unidas, em São Francisco,   
de acordo com os princípios de Yalta.
- Foi um encontro de aliados,   
mas estavam prontos a mostrar os dentes, uns aos outros, por detrás do cenário.
       

00:10:38,266 – Dmitry Peskov:
Stalin permaneceu à noite no Palácio Yusupov, em Yalta e não foi por mero acaso.       
O Palácio Yusupov estava situado entre as residências de Churchill e de Roosevelt.       
Stalin queria ver movimentos separados, caso houvesse algum,                   
no caso dos 'aliados' se encontrarem e debaterem algo contra a Rússia, a União Soviética de então.               
O princípio "confia, mas investiga" foi sempre válido.                     
De qualquer modo, o que surgiu depois de Yalta            
não assenta na unipolaridade.         


00:11:20,666 – Fyodor Lukjanov: (Political expert)
- A essência desta ordem mundial significa              
que o mundo foi divido em dois campos,              
em dois blocos e dois sistemas,               
que tinham um relacionamento muito complicado, um com o outro,      
mas, na totalidade, era equilibrado.  
      
00:11:41,966 - Vladimir Soloviev: A partir de que momento o esquema do mundo, de Yalta, começou a desmoronar-se?       
Vladimir Putin: Penso, que depois do fim da existência da União Soviética.                

Vladimir Soloviev:  Testemunhou a queda do Muro (de Berlim)?                 

249
00:11:54,666 --> 00:11:54,966

250
00:11:54,966 --> 00:12:00,466
Vladimir Putin:  Não, propriamente. Tinha regressado à União Soviética antes do muro ter caído.     
O Muro não interessava. O que importou foi que              
a conferência de Yalta estabeleceu o actual equilíbrio de forças,               
a partir desse momento, em 1945.         
Os poderes vitoriosos elaboraram um sistema             
que correspondia ao equilíbrio de forças de então.           
Desde então, muita coisa mudou.         
Surgiu o armamento nuclear, um factor significativo nos assuntos mundiais.                
Espalhou-se em alguns países.                
Desenvolveram-se nações recentes e gigantescas, como a Índia e a China.           .
A União Soviética desapareceu da cena política.  
O sistema bipolar estava arruinado.             
Os nossos parceiros iriam pensar na oportunidade               
de poder usar esta situação e tornarem-se nos líderes da moralidade     
das novas relações mundiais em desenvolvimento.                    
Mas continuaram a agir e a pensar à maneira antiga,             
tendo nas suas cabeças, o mesmo estereotipo da "guerra fria". 
      

Vladimir Soloviev:  Havia moral no coração do acordo de Yalta?               
Éramos muito ingénuos, ao pensar na moralidade deles.                
E eles apenas temiam a nossa força!           

00:13:17,900 -- Vladimir Putin:
- Não, não concordo.
Penso que o acordo de Yalta, não se fundamentava em valores morais;         
Sobretudo, o verdadeiro equilíbrio de forças era considerado      
tal como a experiência das décadas passadas,       
incluindo a triste experiência da denominada Liga das Nações,         
que tinha sido criada para ajustar o relacionamento entre os estados, depois da Primeira Guerra Mundial.        
Mas que cessou de existir muito depressa.    
Porquê? Porque não tinha uma ferramenta para usar, que impedisse conflitos.                
Um novo conceito da Organização das Nações Unidas      
e foi proposto o Conselho das Nações Unidas           
- Em primeiro lugar e acima de tudo. - Essencialmente.             
O Capítulo VII referia explicitamente uma oportunidade para usar a força            
contra os estados que violassem a ordem mundial.       
Expunha, inequivocamente, que era possível se, apenas,             
todos os membros do Conselho de Segurança concordassem.                 
E os membros permanentes do Conselho de Segurança têm o direito de veto.     
O que é que isto significa?    
Não se pode tomar decisões violentas contra ninguém        
se não houver um consenso geral, um acordo comum sobre esse problema.     
Este é o factor-chave da totalidade do sistema da lei internacional.           



00:14:55,800 –Aleksandar Vucic: filho de refugiado
- Nós, (estou a falar da Jugoslávia), tornámo-nos na primeira vítima da nova ordem estabelecida,               
sobre a qual não tínhamos ideia,              
embora tivesse sido criada rapidamente.           


00:15:13,366 – Emir Kusturika:
- Em 1992 George H. W. Bush disse que
todas as repúblicas da antiga Jugoslávia podiam estabelecer relações diplomáticas com os EUA               
somente depois de se desligarem da Jugoslávia.           

341
00:15:26,733 --> 00:15:29,299

342
00:15:29,300 –Tomislav Nikolíc:
- Foram necessários apenas alguns meses de longa campanha 
para que todos os cidadãos do país desejassem pessoalmente, o seu desmoronamento.         
Era um país com a sua própria bandeira,                  
com uma equipa olímpica, montanhas e mar.      


00:15:45,100 -- Emir Kusturika: cineasta
Para mim, o colapso da Jugoslávia foi uma grande injustiça.          
- O país foi bombardeado durante 78 dias.       
Todas as cidades principais e todas as infraestruturas militares e civis foram bombardeadas.                  
Tomaram parte nesta operação 14 países-membros da NATO, 1.200 aviões, 3 porta-aviões,           
6 submarinos, 2 cruzadores, 7 contra-torpedeiros, 13 fragatas, 4 navios de desembarque,              
e 60 000 soldados da NATO participaram na destruição da Jugoslávia.                


00:16:12,933 -- Tomislav Nikolíc:
- Nos nossos dias, quando um país grande ataca um pequeno,   
diz sempre que o faz por razões de justiça e da moral,          
por motivos de objectivos supremos e, como referi antes, a bem da democracia.        
Apenas para ajudar outros povos a viver melhor.              


00:16:36,266 – Lord David Owen:
- Tudo estava contra os estatutos das Nações Unidas.      
Não tínhamos o direito de começar a guerra.              


00:16:42,633 – Sergey Lavrov:
- A reunião do Conselho de Segurança a respeito dos Balcãs      
sem o seu aliado, que era a República da Jugoslávia,               
perde todo o sentido prático,                  
porque um dos lados-chave que influencia os acontecimentos nesta região         
está excluído de discutir as formas de colonização.
Obrigado.


00:17:10,566 -- Lord David Owen:
- Saímos desta situação devastados, todo o mundo saiu desta situação devastado.     

00:17:19,933 – Refugiado Sérvio:
- Nós, os Sérvios, enfrentámos o problema dos refugiados e conhecemos as dificuldades que eles sentiram. 
     

00:17:25,366 -- Aleksandar Vucic:
O meu pai nasceu na Sérvia.           
Nasceu numa família de refugiados, é um refugiado.
- Os refugiados têm a vontade e a esperança.  
O desejo cheio de esperança de esquecer o passado sangrento.      
E quanto à esperança? Desejo que a minha querida esposa, eu e o meu filho, tenhamos o café da manhã       
rodeados pela cor mais bonita do mundo - a cor das paredes da nossa casa.                       


00:18:00,666 -- Emir Kusturika:
- A guerra da Jugoslávia mostrou todos os lados do vazio da nossa civilização               
que não é caracterizada pelos cristãos, pelos muçulmanos ou mesmo pelos ateus.               
Que não deixou princípios nem ideais.          


00:18:19,600 – Oliver Stone:
- O nosso país é um grande país, que tem muitas coisas notáveis.                 
Adoro-o e é a minha pátria.                  
Gosto da maneira como amo a minha mãe, mas também detesto a minha mãe.                          
Tive muitos conflitos no passado.              
Ela já partiu, mas a minha mãe irá permanecer sempre comigo.             
Como também o meu país.     
- Fui jovem, servi o meu país, fui ferido duas vezes.    
Lutei, acreditei no que fizemos.            
E passaram muitos anos até que aprendi que a brutalidade da guerra é medonha.    
-  A sociedade americana mudou para pior.
O descuido tornou-se na consequência do que aconteceu durante a guerra.


00:19:07,200 – Vladimir Soloviev:  - Vietname, nós no Afeganistão. Significa que nem sempre resulta?
 

00:19:14,500 – Vladimir Putin:
- Não devíamos ser misturados com o Vietname...
nós com o Afeganistão e nós com o Vietname.
Estivemos no Afeganistão a pedido do Governo e do Presidente em funções.           
O que faz uma grande diferença. 
Outra questão é se nos devíamos ter envolvido nos acontecimentos afegãos como fizemos. 
Devia ser ponderado.   


00:19:42,833 – Vladimir Soloviev:
Aqui também nada é explícito, percebe?    
Não se pode afirmar: estava certo ou errado.       
É evidente que fizemos uma série de asneiras.   
Mas a própria decisão - certa ou errada - devia ser considerada.   
- Mas o que deve ser comparado com os erros cometidos? 
Em comparação com a campanha dos americanos no Vietname,
não temos muitos erros.    


00:20:02,133 – Vladimir Putin:
- Penso que sim. Mas em geral, a campanha afegã, se é que a podemos chamar desta maneira,   
foi um erro da União Soviética, é evidente.            


00:20:10,600 – Vladimir Soloviev:
- Mas considerando a experiência do Vietname, os Americanos não pararam de interferir nos assuntos estrangeiros.
E tivemos receio durante muito tempo, embora a nossa experiência seja muito mais positiva.  


00:20:22,800 – Vadimir Putin:
- Não temos receio, apenas, nos comportamos de maneira mais reservada, 
e se fazemos alguma coisa, queremos eliminar quaisquer consequências possíveis para nós.   
Mas eles não pensam nisso. São grandes e estão debruçados sobre o oceano...                
O dólar é a moeda mundial, a maior economia do mundo. 
Tal como na anedota: a operação foi feita, algo está errado - vamos, falhou de novo. Venha o próximo!  


00:20:52,566 -- Fyodor Lukjanov:
- Entre 1991 e 2001 havia a impressão de que    
o mundo estava sob o controlo dos Estados Unidos, surgiu e ficou forte.    
- Os actos de terror de 11 de Setembro chocaram os EUA.  
Sendo uma grande nação, os EUA tinham de sobreviver, naturalmente, a este choque e responder até certo ponto. 


00:21:14,500 –George W. Bush:
- Consigo ouvi-los. Consigo ouvi-los.  
O mundo inteiro pode ouvi-los. 
E as pessoas que atacaram estes edifícios também irão escutar-vos. 



00:21:34,700 – Dominique de Villepin:
- Para mim, o princípio foi a tensão que estava a aumentar no Iraque.  
e o agravamento das relações entre os EUA e o regime de Saddam al-Hussein.
A intervenção militar dos EUA era bastante possível.
Em 2002-2003 trabálhamos de mãos dadas com a Rússia e com a Alemanha  
para impedir a intervenção militar dos Estados Unidos no Iraque.          



00:21:57,533 – Vladimir Putin:
- Juntamente com a França, a Alemanha e a maioria da sociedade internacional, quero sublinhá-lo,
pensamos que o problema do Iraque pode e deve ser resolvido  pela via diplomática.


00:22:13,600 -- George W. Bush: 
- Meus concidadãos, neste  momento, as forças americanas da coligação
estão a dar início à operação militar destinada a desarmar o Iraque
para libertar o povo e proteger o mundo desse perigo mortal.     



00:22:30,733 – Saddam Hussein:
- Na noite de 20 de Março de 2003, D.C. ou 1424, segundo o calencário islâmico...   


00:22:52,966 – Oliver Stone:
- Fiquei chocado quando regressámos ao Iraque.           
Os Estados Unidos não aprenderam a lição da guerra do Vietname  
que diz: Não devemos invadir outros países. 


00:23:06,833 -- Lord David Owen:
- Num certo momento, deixámos de acreditar na lei internacional. 
Os britânicos e os americanos invadiram de novo o Iraque, e outra vez, sem a resolução das Nações Unidas.    


00:23:24,566 – Locutor:
Desconhece-se o que os executores e a vítima falaram nos últimos momentos.  
O vídeo não tem som.
A preparação da execução está filmada cinicamente e com detalhes.  
Pode ver-se bem que Sadam al-Hussein permaneceu calmo, mesmo quando um pedaço de pano preto foi posto  à volta do seu pescoço. 
Embora ele percebesse claramente o que iria acontecer a seguir.  
Antes de tudo, ele percebeu porque era um ditador feroz e sanguinário.
No entanto, descobriu-se que os juízes não diferiam muito do acusado.
- Por que motivo não houve uma investigação ao assassínio de Sadam al-
Hussein?


00:23:58,533 – Muammar Gadaffi:
- O líder da Arábia foi executado por meio da forca.
E nós ficamos ao lado. Porquê?
Algum de vós pode ser o próximo.  



00:24:27,800 – Hillary Clinton:
- Chegámos, vimos, ele morreu.

545
00:24:30,833 --> 00:24:34,333

546
00:24:34,333 – Dmitri Peskov:
- O árabe líbio Jamahiriya era um tirano?
É muito difícil afirmá-lo. Relativamente.  
Muito relativamente.  
Havia elementos de democracia? 
Claro que havia.
Era melhor com Qaddafi do que é agora?
- Completamente melhor, incomensuravelmente melhor.  
Por esse motivo, é que se chamar isto pelo que é, coloca questões a si mesmo,   
e depois responda às mesmas honestamente. 
Verifica-se que é o mesmo que o motor de um carro que se avariou,
algo errado está a acontecer.  


00:25:19,566 --Vladimir Soloviev:
- 1991, 1993, sem uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas  
provocaram a guerra aí, encontraram os seus métodos e foram-se embora. 


00:25:28,700 – Vladimir Putin:
- Eu disse - impunidade. Esta é uma das razões    
para um comportamento extremamente descuidado na conjuntura internacional.
Porque não há ninguém a moderar. O estado mais poderoso, tanto no sentido económico como militar.  
É por esta razão, que há a tentação de agir por meios impróprios       
ou proclamar a actual estrutura das relações internacionais como sendo obsoleta.
Mas claro que a estrutura moderna das relações internacionais está baseada no estatuto das Nações Unidas. 
Este é o fundamento, a base da  lei internacional, moderna e pública. 


00:26:03,966 – Vladimir Soloviev:
- Mas esse fundamento é seguido quando há, pelo menos, duas forças.
E quando voltamos como sendo uma força, torna-se claro que o papel do Conselho de Segurança deve ser discutido,
como também o papel das Nações Unidas.   


00:26:16,166 – Vladimir Putin:
- Eu não levantaria questões polémicas sobre este ponto,Volodya.
Certamente, surgem momentos de disputa quando      
os interesses dos países colidem, quer artificialmente ou devido a consequências objectivas.   
Como resultado desta colisão, pode chegar-se à ruptura do Estatuto das Nações Unidas.
Mas por vezes coincidem, por exemplo, no assunto da proliferação de armas de destruição maciça.   
Nessa questão, temos o acordo absoluto dos europeus, dos americanos e dos nossos amigos chineses.
Ninguém deseja aumentar o número de países possuidores de armas nucleares.   
Podemos ver que é um perigo  para a comunidade e para a segurança mundial. 


00:27:10,500 – Vladimir Soloviev:
- Mas agora os Estados Unidos vão fornecer à Alemanha...  


00:27:15,466 – Vladimir Putin:
- O quê? - Os seus aviões serão equipados com mísseis nucleares.
- As armas nucleares tácticas dos EUA, 
depois dos EUA se tornarem num estado nuclear,    
estiveram sempre lá. 
Agora eles acabaram de as renovar, não há notícias aqui.  
Mas claro que é perigoso. Por que razão?
Porque as nossas armas nucleares tácticas    
não têm qualquer influência estratégica em relação aos EUA.    
Não conseguem chegar ao seu território.   
E as armas tácticas nucleares dos Estados Unidos, implantadas na Europa, podem alcançar o nosso território.
E neste sentido, eles têm uma influência estratégica sobre nós.  
E, para nós,  representam um perigo maior do que as nossas armas tácticas para eles.   

00:28:02,700 – Lord David Owen:
- Não conheço Putin, mas tenho a certeza de que a sua política é a mais corajosa de todas as políticas russas. 
Na realidade, Putin fechou a base militar em Cuba.
Encerrou a base militar na Coreia do Norte.  
Resolveu dois, três ou quatro problemas  que causavam tensões no relacionamento entre a Rússia e os Estados Unidos.  
Foi ele que tomou a iniciativa.   


00:28:27,466 – Julian Assange:
- Os Estados Unidos são um império de bases militares. 
Os Estados Unidos têm mais de 1 400 bases em todo o mundo. 
Em mais de 120 países. 
A Rússia tem apenas 12 bases.
E estão colocadas principalmente, ao longo da fronteira do sul, em países muito pequenos. 
Portanto, não há equilíbrio.

00:28:50,566 -- Sahra Wagenknecht:
- Por exemplo, toda esta escalada da expansão da NATO no Leste,  
o facto é que mesmo as Forças Armadas alemãs enviam os seus soldados para lá,
já que os Estados Unidos fazem manobras mesmo junto às fronteiras com a Rússia.  
São tudo coisas perigosas.
E pode ser feito apenas a pedido dos países da Europa de Leste.
Devido às suas declarações de que sentem perigo.
De facto, os Estados Bálticos legitimaram este processo.   
Embora nenhuma pessoa no seu juízo perfeito acreditasse que a Rússia ia atacar os Estados Bálticos.


00:29:23,166 – Oliver Stone:
- Analisei o crescimento da segurança nacional do estado americano à escala global.
Compreendi que o Estado americano está ansioso por controlar a economia mundial.
para poder controlar o fluxo de ideias, como também o dinheiro e os recursos.
Iniciámos guerras, gostamos da ideia da guerra.  


00:29:49,500 – Lord David Owen:
- Não há tarefa mais importante no mundo do que estabelecer a paz.
Falta-nos isso. Necessitamos recuar e recordar que estamos interligados pelo Estatuto das Nações Unidas. Todos nós.  

00:30:02,700 – Vitaly Churkin:
- Uma das decisões mais importantes que a Organização fez, 
com consequências de longo alcance, pouco depois da sua fundação,   
foi, em 1947, tomar a decisão sobre a divisão da Palestina e criar dois Estados.  
E claro que dificilmente suspeitaram  que    
ao tomar essa decisão necessária, tinham implantado uma espécie de mina apta a explodir a longo prazo. 

A continuar...



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At midday on Friday 5 February, 2016 Julian Assange, John Jones QC, Melinda Taylor, Jennifer Robinson and Baltasar Garzon will be speaking at a press conference at the Frontline Club on the decision made by the UN Working Group on Arbitrary Detention on the Assange case.

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