MANLIO DINUCCI
GUERRA NUCLEAR
O PRIMEIRO DIA
De Hiroshima até hoje:
Quem e como nos conduzem à catástrofe
3.3 Os falsos alarmes de ataque nuclear
Na noite de 25 de Novembro de 1961, todas as comunicações entre a NORAD (Comando de Defesa Aérea Norte Americana) e o SAC (Comando aéreo Estratégico) interromperam-se devido a uma sobrecarga das linhas. Dado que poderia ser o início de um ataque soviético, o NORAD lança o alarme alfa, o nível máximo de alerta, preparando-se para dirigir contra a URSS os bombardeiros B-52 e lançar mísseis nucleares.
Na manhã de 9 de Novembro de 1979, salta um outro alarme nuclear, quando um oficial do NORAD, introduz, inadvertidamente, num computador ligado à rede radar, uma fita com um programa registado, usado nos exercícios contra um ataque soviético. Sobre os visores dos radares aparecem, então, bombardeiros e mísseis intercontinentais soviéticos a dirigir-se para os EUA.
Novo alarme nuclear no NORAD na noite de 3 de Junho de 1980, quando, devido a uma falha nos computadores, aparecem 4 algarismos que indicam o número de mísseis soviéticos a chegar, no lugar de um zero aparece um dois, assinalando a chegada dos dois primeiros e depois, duzentos mísseis.
Na noite de 26 de Setembro de 1983, surge outro alarme nuclear também na URSS. Naquele momento, o comando de um centro de controlo, perto de Moscovo, está o Tenente Coronel Stanislav Petrov, um analista que substitui um dos militares profissionais. Quando se acende uma luz vermelha, assinalando o lançamento de um míssil de uma base americana contra a URSS, Petrov e a sua equipa verificam a operacionalidade do sistema, o que é regular. De repente, acendem-se outras luzes vermelhas, indicando o lançamento de outros mísseis da mesma base. Segundo o protocolo, neste ponto, Petrov deveria dar o alarme às autoridades civis e militares, que tinham apenas 12 minutos para lançar o contra ataque nuclear. Em vez disso, considerando irreal um ataque americano proveniente de uma única base, comunica às referidas autoridades que se trata de um mau funcionamento do sistema de controlo soviético. O momento é dramático: tem de aguardar o escoar de meia hora a partir do presumível lançamento, para ter a confirmação se é, efectivamente, um falso alarme. O que provocou o sucedido, foi um reflexo de luzes sobre as nuvens, que um satélite tinha assinalado como sendo o brilho dos foguetões dos mísseis balísticos intercontinentais, lançados dos Estados Unidos contra a União Soviética.
Ler mais em
https://nowarnonato.blogspot.pt/2018/02/pt-guerra-nuclear-33-os-falsos-alarmes.html
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