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Wednesday, September 18, 2019

BR -- THE SAKER -- Alguns indicadores, esperemos, úteis

This image provided on Sunday, Sept. 15, 2019, by the U.S. government and DigitalGlobe and annotated by the source, shows damage to the infrastructure at Saudi Aramco's Abaqaiq oil processing facility in Buqyaq, Saudi Arabia. (AP Photo)
Oriente Médio: Alguns indicadores, esperemos, úteis 

18/9/2019, The Saker, para Unz Review
 (em The Saker Blog

Tradução: Meus Amigos do Brasil 

O Oriente Médio está literalmente explodindo: os Houthis acertaram golpe extremamente efetivo contra a produção saudita de petróleo, a qual (dizem eles) teria caído agora 50%, antes de começar a retomada; há rumores persistentes de que Su-35S e S-400s russos ameaçaram derrubar aviões israelenses que atacam a Síria; o Líbano declarou que se defenderá de ataques israelenses; o Hezbollah ameaçou Israel com ataques paralisantes, e até com ataques contra funcionários israelenses; a Turquia comprou defesas aéreas russas e diz que se os EUA recusarem-se a entregar seus F-35s, a Turquia considerará a compra de Su-35s e até, talvez, de Su-57s. Bibi Netanyahu tentou usar Putin em sua campanha de reeleição (ok, Bibi tenta desesperadamente escapar da cadeia), mas teve de ir para casa de mãos abanando; segundo o Jerusalem Post, sua missão fracassou.

Por fim, e só para garantir que as crises estão limitadas ao Oriente Médio: poloneses e a Corte da União Europeia conseguiram iniciar um processo para tentar forçar a Rússia a usar o trânsito ucraniano de gás; os EUA estão invocando velhos tratados para ameaçar a Venezuela; o Reino Unido está-se danando completamente; a Europa (ok, a Alemanha) não consegue sequer adestrar os polacos no que tenha a ver com o gasoduto Ramo Norte 2 [ing. North Stream 2] (ok, *estão* adestrando bem, sim, mas para obedecerem ‘Tio Shmuel’, não Angela Merkel); Índia e Paquistão novamente ameaçam-se entre eles, por causa da Caxemira. Esqueci alguma coisa?

Ah, sim, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC, “Coreia do Norte”) tem disparado mísseis novos; os EUA querem culpar o Irã pelos ataques disparados pelos Houthis; a China rejeita categoricamente essas acusações, e a Rússia continua a anunciar novas armas revolucionárias construídas por novos princípios científicos e planeja instalar o S-500 “Prometheus”, apenas para garantir que não aconteça de o Império ter ideias estúpidas sobre tentar atingir a Rússia (ou aliados da Rússia, os quais em 2021 começarão a comprar o S-500, como afirmam forças oficiais).

Sei perfeitamente que esqueci muita coisa. Verdade é que o Império está colapsando em todos os fronts, o que, por sua vez, significa que a cada dia que passa aumentam dramaticamente as chances de os ignorantes que vivem na Casa Branca tomarem alguma medida muito estúpida.


Sim, sim, sei, Bolton foi demitido. Aplaudo a demissão, mas, considerando que creio que Pompeo seja ainda mais perigosamente doido e perverso que Bolton (para nem dizer o quanto é fantasticamente arrogante!), não vejo qualquer razão para ter esperança (acabo de ler que Robert C. O’Brien sucederá Bolton; foi Enviado Especial do Presidente para Problemas de Reféns no Departamento de Estado [ing. Special Presidential Envoy for Hostage Affairs at the State Department]; fico a pensar se significa que mais cidadãos russos serão sequestrados e feitos reféns por aí pelo mundo…?).

Há tanta coisa a registrar aqui, que me autolimitarei a alguns pontos sobre o Oriente Médio que me parecem importantes.

Primeiro, a destruição parcial das mais importantes instalações sauditas de tratamento de petróleo[1] é GRAVÍSSIMO revés, para os EUA. Lembrem que o Reino da Arábia Saudita [ing. KSA] é realmente o “centro” do Comando Central das Forças Armadas dos EUA, CENTCOM e, mesmo, a razão de ele existir (para “proteger” o Irã contra a URSS e oficialmente preservar a segurança do Xá; mas, na verdade foi também parte de acordo maior entre os EUA e a Arábia: “vocês exigem que o petróleo seja pago com dólares, e nós protegemos vocês contra tudo e todos”). Claro, há longa lista de patetas ocidentais aos quais essa promessa também foi feita, dentre eles Saddam Hussein, Muammar Gaddafi, Manuel Noriega, Hosni Mubarak e muitos outros; a maioria desses estão mortos, os demais estão presos (se a memória não me engana). Agora, parece q seja a vez dos sauditas: os Patriots de enganação tipo “melhor que S-300” não conseguiram deter os Houthis; e todo o poder combinado do CENTCOM também fracassou.

Segundo, só posso concordar com ‘b’ em Moon of Alabama – para a Arábia Saudita é fim de jogo, a guerra acabou. Que sauditas saibam disso ou não, não faz diferença alguma. OK, com o tempo fará diferença, mas só no mais longo prazo. Os sauditas e seus patrões anglo-sionistas têm três caminhos:

– Continuar praticamente como sempre antes: é a própria definição de insanidade, se alguém espera obter resultado diferente.

– Escalar e atacar o Irã, ação depois da qual todo o Oriente Médio explodirá, com consequências dramáticas.

– Fazer o que os EUA sempre fazem: declarar vitória e escafeder-se.

Obviamente, a única opção sensível é a terceira, mas quem disse que Bibi, Trump ou MbS são, seja como for, sensíveis? Tulsi Gabbard me acompanha ao chamar Trump de limpa-penico de terceiros[2]; única diferença é que eu digo que é limpa-penico de Israel, e Gabbard diz que é limpa-penico dos sauditas. Dá na mesma.

Há contudo um fator de contensão: se Trump algum dia atacar o Irã, tornar-se-á para os neoconservadores “presidente descartável”: o Irã aproveitará a oportunidade para atacar Israel, e Trump sofrerá impeachment (afinal de contas os neoconservadores estão no controle total do Comitê Nacional Democrata, e em muitas das comissões chaves no Congresso).

Implica dizer que tudo se resume a Trump. Trata-se de ver se Trump tem informação e miolos para entender que um ataque ao Irã fará naufragar seu governo (fato é que já está ferrado além de qualquer salvação possível; atacar o Irã oficializará o enterro); que sofrerá impeachment; e que, obviamente jamais será reeleito.

Terceiro, os Houthis podem ter feito tudo sozinhos? Sim. Podem. Não há qualquer dúvida disso. O Irã não teve de atacar diretamente, precisamente porque os Houthis são capazes de fazer sozinhos tudo que fizeram. Confiram essa exposição oficial de mísseis balísticos e drones dos Houthis, e vejam vocês mesmos aqui aqui. Como se não bastasse, os Houthis vão-se tornando muito semelhantes ao Hezbollah; sem dúvida possível aprenderam a operar mísseis e drones avançados (e aprenderam do Irã, motivo pelo qual israelenses e EUA estão tão furiosos). Repito: NÃO estou dizendo que o Irã não ajudou ou que aquele ataque teria sido igualmente bem-sucedido, se o Irã não garantisse inteligência, seleção de alvos, expertise técnica, etc. Mas se há alguma prova de envolvimento direto do Irã, deixemos que aquele “manati do mal” (como Fred Reed referiu-se a Pompeo) a apresente ao mundo. E ele que trate de fazer serviço melhor que o cocô que produziu no caso Skripal ou nos ataques de falsa bandeira, com inexistentes armas químicas, na Síria.

Quarto, tudo isso significa para o Reino da Arábia Saudita e seus patrões anglo-sionistas é que os Houthis têm meios para atacar qualquer alvo dentro da Arábia Saudita sem ter de enfrentar qualquer punição. E não só dentro da Arábia Saudita. Suspeito que o Irã também possa atacar qualquer instalação da indústria de petróleo ou gás em todo o Oriente Médio, assim como pode atingir qualquer alvo dos EUA/CENTCOM/OTAN/Israel que decida atacar. Além do mais, em caso de guerra total no Oriente Médio, deve-se esperar que chovam mísseis sobre instalações dos EUA, disparados não só do Iêmen (pelos Houthis) e do Líbano (Hezbollah), mas também potencialmente da Síria, Iraque e Afeganistão.

Quinto, realmente não faz qualquer diferença onde ou o que EUA e/ou sauditas e/ou israelenses disparem contra o Irã: a resposta em todos os casos será a mesma, pelo menos segundo o Professor Marandi: será resposta massiva, e toda a capacidade de exportar petróleo e gás em todo o Oriente Médio estará ameaçada. Não há meio seguro, barato ou efetivo para atacar o Irã. Mas será que o pessoal de Washington dá-se conta disso?

Na sequência, quero oferecer alguns poucos pontos sobre uma suposta interceptação do F-35 de Israel, por SU-35s russos, sobre a Síria.

Primeiro, absolutamente ainda não conhecemos os fatos, temos portanto de esperar um pouco. Muitas histórias sobre isso vêm de um único jornal árabe online. Nas últimas 24 horas houve “uma espécie de confirmação” vinda da Rússia, mas não de fontes oficiais; e esses relatórios cuidavam menos de dar detalhes factuais do que de se vangloriar por Netanyahu ter partido da Rússia sem nada conseguir.

Segundo, meu palpite é que essa notícia tem, provavelmente, fundamentos na realidade. Os israelenses têm-se comportado como se não se incomodassem com a presença dos russos na Síria: os ataques deles só visam a objetivos de Relações Públicas (não esqueçamos que Bibi tenta escapar da prisão!), e os russos provavelmente aguentaram, e foram ignorados, e agora decidiram que basta.

Terceiro, o fato de o jornal Jerusalem Post ter tido de publicar artigo horrorizado sobre esse evento prova conclusivamente que os que tentavam nos convencer de que Rússia e Israel estariam trabalhando de mãos dadas e de que Putin seria o melhor amigo de Bibi eram puro cocô. A isca brilhante era apenas isca, e não passava de isca.

Quarto, há aquelas conversas sobre tecnologia que sempre tentam provar que os Su-35S é muito superior ao F-35 e que essa história é muito crível, e há os que dizem que toda a conversa é pura invencionice. A verdade é que é inútil e sem sentido comparar “no abstrato” dois modelos avançados de avião, ou declarar que um seria muito melhor que o outro. OK, sim, o Su-35S é superior em muitos aspectos ao F-35, mas isso não é absolutamente verdade em todos os cenários possíveis. De fato, também seria preciso saber que outros objetos estavam no ar no momento analisado – incluindo AWACs, aeronaves para Supressão de Defesas Aéreas Inimigas [ing. SEAD] e aeronaves de Guerra Eletrônica [ing. EW] – e teríamos de descobrir que papel, exatamente, tiveram os S-400s russos (se tiveram algum). De modo geral, aconselho vivamente a não se porem a (a) “contar aviõezinhos” (considerar só as quantidades) ou a (b) fazer comparações diretas entre aviões de combate. No segundo caso, teríamos de conhecer o tipo (e a intensidade) de treinamento que os pilotos receberam; o tipo de armas que tinham; o tipo de sensores que usaram e como; e, em termos mais gerais, exatamente como os israelenses decidiram estruturar seu ataque e como os russos decidiram responder. Por fim, teríamos de ter algum detalhe sobre sensor fusing, operações centradas em rede, datalinks, etc. Dado que nada sabemos sobre isso, recomendo que não nos ponhamos a falar de avião/radar/míssil X versus avião/radar/míssil Y. Simplesmente não vale a pena.

Quinto, já se ouvem rumores de que se tratou de operação sob falsa bandeira – conduzida por israelenses, britânicos, Reino da Arábia Saudita ou pelos EUA. Sim, não posso provar frase negativa, mas não vejo razão imperativa para concluir nessa direção. Primeiro, é realmente má notícia para o Império; segundo, os Houthis no passado praticaram muitas vezes ações similares. Não há razão para suspeitar que não poderiam ter feito o que fizeram. Mesmo assim é inegável que o aumento nos preços do petróleo beneficia muita gente (o xisto nos EUA, a Rússia, o Reino da Arábia Saudita, etc.). Afinal, sempre há, e por definição, o risco de que israelenses e seus aliados neoconservadores estejam puxando as cordas de algum tipo de falsa bandeira para finalmente disparar um ataque dos EUA contra o Irã. Mas todos esses são argumentos indiretos, pelo menos até agora. O fato de ser possível um ataque sob falsa bandeira não significa que tenha realmente acontecido. Não nos esqueçamos disso e não promovamos conclusões sem fundamento.

Sexto, consideremos os alvos propriamente ditos. Estamos falando de instalações da indústria do petróleo, instalações gigantes, as quais, sob a lógica de EUA/OTAN/Israel (também conhecido como “Eixo da Gentileza”) estão já definidas como “infraestrutura de apoio ao regime”, ou coisa parecida. Além do mais, mesmo sob lógica que não seja do Eixo da Gentileza, as leis da guerra admitem que se ataque infraestrutura crítica para o esforço militar do inimigo. Assim, se estações de TV, embaixadas ou fábricas de medicamentos NÃO SÃO alvos legais, instalações críticas da indústria do petróleo sim, podem ser legalmente atacadas. A ÚNICA determinação é que o lado atacante faça honesto esforço para selecionar bem alvos e munição para que se evitem baixas. Que eu saiba, os sauditas mencionaram zero vítimas. Sim, é pouco provável, mas as coisas estão precisamente nesse pé, pelo menos até agora. Nesses termos, o ataque dos Houthis foi absolutamente legítimo, especialmente se se considera o tipo de devastação genocida que o Eixo da Gentileza e o Reino da Arábia Saudita dispararam contra o Iêmen.

Por fim, ofereço um palpite de por que a defesa antiaérea de EUA e sauditas resultou tão imprestável: provavelmente, porque EUA e sauditas jamais esperaram ataque vindo do Iêmen, não, pelo menos, um ataque tão sofisticado. A maior parte das defesas antiaéreas de EUA/Arábia Saudita são pensadas e instaladas para proteger contra ataque vindo do Irã, vindo do norte. O fato de esse ataque ter sido tão bem-sucedido sugere fortemente que tenha partido do sul, do Iêmen.

Conclusão: (18/9, 1816Z)

Eu estava a um passo de concordar com o ministro saudita do petróleo, que disse a RT que o Reino da Arábia Saudita “ainda não sabe quem é responsável”; e de concluir que essa seria boa notícia. Então, vi o seguinte: “Arábia Saudita acusa o Irã de patrocinar o ataque às instalações do petróleo, diz que o ataque não poderia ter partido do Iêmen”também em RT. Não é bom. Tampouco é crível.

Por um lado, se o ataque tivesse partido do Irã, teria sido muito mais massivo e teria sido parte de ataque muito maior, em grande escala, ataque contra não só as instalações do petróleo, mas também contra instalações e forças do Comando Central dos EUA, CENTCOM. Não é absolutamente possível que o Irã tivesse iniciado grandes hostilidades (e esses ataques foram, sim, descritos pelos sauditas, como “grandes”), apenas para esperar por retaliação massiva partida de EUA/Arábia Saudita/Israel. Os iranianos com absoluta certeza não repetirão o erro crucial que Saddam Hussein cometeu, de dar a EUA/CENTCOM/OTAN/Israel/Arábia Saudita o tempo necessário para preparar ataque massivo contra o Irã. Estou monitorando vários “indicadores e alertas” que parecem sugerir que os EUA podem estar preparando alguma coisa. Mas até aqui só observei um evento potencialmente preocupante: o Comando de Transporte Marítimo da Marinha dos Estados Unidos (ing. Military Sealift Command, MSC) ordenou prontidão imediata de 23 a 25 dos 46 navios da Ready Reserve Force (atualmente, a prontidão da RRF é 5 dias). É número sem precedentes desde 2003. Pode significar apenas que alguém esteja tomando precauções, ou que alguém esteja ficando aflito. De modo geral acontece em setembro, embora não em números tão altos (mais parecido com o que se vê aqui). Mas por favor tenham em mente que esses indicadores não podem ser considerados isoladamente, sem que se considerem outros fatos. Se aparecerem novidades, farei o possível para noticiá-las pelo blog.

O fato de as defesas antiaéreas de EUA/sauditas terem fracassado tão miseravelmente não implica que os EUA não tenham pista alguma de ‘quem fez’. Há vários outros sensores e sistemas (inclusive no espaço) que detectariam um lançamento de míssil (especialmente um míssil balístico!) e há modos de radar que permitem detecção de longo alcance, embora não sejam necessariamente capazes de rastrear-enquanto-escaneiam, ou de engajamento de longa distância. Além do mais, é possível monitorar sinais de dados e telemetria geral. Dado que os EUA têm gigantescas bases de dados com sinais “assinatura” de todos os tipos de hardware inimigo, os norte-americanos provavelmente podem avaliar acuradamente o tipo de sistemas usados. Assim sendo, como no caso do MH-17, o Pentágono sabe exatamente ‘quem fez’. O mesmo vale para os russos, que têm montanhas de dados SIGINT/FISINT [Sinais de Inteligência (ing. Signals Inteligence] e de Sinais de Instrumentação Estrangeira [ing. Foreign Instrumentation Signals] no Oriente Médio (e no espaço).

Mas nos últimos dias do Império, os fatos já não interessam realmente. O que interessa é qualquer coisa que pareça politicamente oportuno, ao pessoal da Casa Branca e de Israel.

Minha maior esperança é que Trump descubra a verdade sobre os ataques e que ainda lhe restem miolos suficientes para compreender que, se atacar o Irã, perderá a eleição e, provavelmente também sofrerá impeachment. Esperemos que seus instintos narcísicos salvem esse planeta que tanto sofre, há tanto tempo!

[assina] The Saker




[1] Sobre detalhes das características e funcionalidades das instalações atingidas, ver Moon of Alabama (traduzido no Blog bbacurau) [NTs].
[2] “Ing. [To be someones] bitchAlguém que faz tudo para outro, mesmo que o outro nem goste de você. Mesmo que deteste. Se você é limpa-penico de alguém, você é o escravo; o outro precisa de você só para a limpeza; o limpa-penico não significa grande coisa para algum terceiro importante (do Urban Dictionary) [NTs]. 


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