COVID-19: visando a Itália e a Coreia do Sul? “A cadeia de transmissão da infecção”
Por Larry Romanoff
Global Research, 21 de Março de 2020
Um virologista italiano de alto nível, Giuseppe Remuzzi, publicou uma colecção de artigos no Lancet e outros textos nos quais afirma factos até agora desconhecidos. (1)
O médico afirmou que os médicos italianos se recordam agora, de ter visto:
“Uma pneumonia muito estranha e muito grave, principalmente em idosos, em Dezembro e até em Novembro [de 2019]. O que sugere que o vírus estava a circular, pelo menos, na Lombardia e antes de termos conhecimento deste surto estar a ocorrer na China. ”(2)
As autoridades médicas chinesas determinaram o mesmo fenómeno, posteriormente, que o vírus estava a circular entre a população talvez, durante dois meses, antes de, finalmente, explodir em campo aberto.
Mais ainda, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde de Itália (ISS):
“Não é possível reconstruir a cadeia de transmissão da infecção de todos os pacientes. A maioria dos casos relatados em Itália, refere uma ligação epidemiológica com outros casos diagnosticados na Lombardia, Emilia Romagna e Veneto, as áreas mais afectadas pela epidemia. ” [tradução de italiano] (3)
A declaração acima é de importância crucial, visto que apoia a afirmação de vários agrupamentos de infecção simultâneos e vários 'pacientes zero'. Existem casos na Lombardia, que não puderam ser colocados numa cadeia de infecção e o mesmo também deve ser verdade para outras áreas. (ver abaixo) Dado que o vírus eclodiu separadamente em várias regiões de Itália, podemos esperar a identificação de grupos infecciosos independentes também nessas regiões. O que significaria que a Itália foi atingida por, pelo menos, várias 'sementeiras' individuais do vírus.
O surto de consequência na China, ocorreu principalmente na cidade de Wuhan, mas com várias fontes na cidade e vários pacientes zero, com um surto menor em Guangdong que foi contido facilmente. A China teve vários grupos em Wuhan. Não houve uma fonte de origem única e nenhum paciente zero foi identificado, o que é semelhante ao sucedido em Itália.
O mistério do "paciente No. 4", de Itália
O surto italiano foi causado por infecções vindas da China? Sim e não.
Antes de 20 de Fevereiro de 2020, havia apenas três casos de infecção por coronavírus, em Itália, dois turistas de Wuhan, China, confirmados em 30 de Janeiro, e um italiano que regressou a Roma, de Wuhan, em 6 de Fevereiro. Estes casos foram, claramente, importados, não havendo em Itália, novas infecções, durante as próximas duas semanas.
Então, de repente, surgiram novas infecções não relacionadas com a China. Em 19 de Fevereiro, a Região de Saúde da Lombardia emitiu uma declaração de que um italiano de 38 anos, foi diagnosticado com o novo coronavírus, tornando-se o quarto caso confirmado em Itália. O homem nunca tinha viajado para a China e não teve contacto com os pacientes chineses confirmados.
Imediatamente após o diagnóstico deste paciente, a Itália sofreu um grande surto. Num dia, o número de casos confirmados aumentou para 20 e, após pouco mais de três semanas, a Itália tinha 17.660 casos confirmados.
Os italianos apressaram-se a procurar o paciente zero. Eles renomearam o “paciente 4” como sendo o paciente “Italiano nº 1” e tentaram perceber como foi infectado. Aparentemente, a pesquisa foi infrutífera, o artigo afirmava que “a pandemia americana do século, tornou-se objecto de suspeita dos italianos”. (4)
O mistério do "Paciente nº 31" da Coreia do Sul
A experiência da Coreia do Sul foi estranhamente semelhante à da Itália e também à da China. O país havia experimentou 30 casos importados, que começaram em 20 de Janeiro, creio que todos estavam ligados ao contacto com Hubei e/ou Wuhan.
Mas a Coreia do Sul descobriu uma "Paciente nº 31", uma mulher sul-coreana de 61 anos, diagnosticada com o novo coronavírus em 18 de Fevereiro. Essa paciente 'local' não teve ligações com a China, não teve contacto com nenhum chinês, nem contacto com nenhum dos sul-coreanos infectados. A sua infecção foi uma fonte sul-coreana.
Assim como em Itália, o surto na Coreia do Sul explodiu rapidamente, depois da descoberta do Paciente 31. No dia seguinte, 19 de Fevereiro (em Itália foi em 21 de Fevereiro, para comparação), houve 58 casos confirmados na Coreia do Sul, atingindo 1.000 em menos de uma semana. Depois de pouco mais de três semanas, a Coreia do Sul teve 8.086 casos confirmados. Agora, parece provável (ainda não confirmado) que a Coreia do Sul e a Itália possam ter sido 'semeadas', aproximadamente, ao mesmo tempo.
Como os italianos, a Coreia do Sul efecuou uma caçada enorme em busca da fonte de infecção do seu “coreano nº 1”, vasculhando o país em busca de provas, mas sem sucesso. Descobriram que os casos confirmados na Coreia do Sul estavam concentrados principalmente em dois grupos separados, em Daegu e Gyeongsang North Road, a maioria dos quais - mas não todos - poderia estar relacionada à “Paciente 31”. Como aconteceu em Itália, vários aglomerados e várias infecções simultâneas espalham-se como fogo - e sem a ajuda de um mercado de marisco que vende morcegos e pangolins.
Em Itália e na Coreia do Sul, eu também poderia acrescentar que não existe um suposto “laboratório de armas biológicas” em parte nenhuma (como foi atribuído à China), mas não seria rigoroso. De facto, existem laboratórios de armas biológicas facilmente ao alcance das áreas atingidas em Itália e na Coreia do Sul - mas pertencem às Forças Armadas dos EUA.
A Coreia é particularmente notável a este respeito, porque ficou provado que o MERS resultou de uma fuga na base militar americana de Osan. https://www.airforcemag.com/usaf-bases-in-europe-south-korea-respond-to-spreading-coronavirus/ A narrativa ocidental oficial do surto do surto do MERS na Coreia do Sul foi que um empresário coreano foi infectado no Médio Oriente e depois regressou a sua casa, na província de Gyeonggi e espalhou a infecção. Mas nunca houve nenhuma documentação ou prova a apoiar esta afirmação e, pelo que sei, nunca foi verificada pelo governo sul-coreano.
Relacionado com este relato é que, de acordo com o Korean Yonhap News Service, no início do surto, cerca de 100 militares sul-coreanos foram repentinamente colocados em quarentena na Base Aérea de Osan da USAF. A base de Osan acomoda o programa biológico militar JUPITR ATD, que está intimamente relacionado ao laboratório de Fort Detrick, MD, sendo ambos, laboratórios de pesquisa de armas biológicas militares dos EUA.
Há também um Instituto Internacional de Vacinas (muito secreto), patrocinado pela OMS nas proximidades, que é (ou, pelo menos, foi) gerido pelo pessoal militar de armas biológicas dos EUA. Na época, e dada a quarentena mencionada acima, a sequência dos acontecimentos, aceite como sendo a mais provável, foi a da fuga de um projecto de guerra biológica da JUPITR. (5) (6)
O trajecto coreano é semelhante ao de Itália. Se olharmos para um mapa das áreas de Itália atingidas pelo vírus, há uma base militar dos EUA a quase um passo de todas elas. É claro que esse é apenas um caso de circunstância que levanta suspeitas e de modo algum constitui prova de absolutamente nada.
No entanto, há um ponto importante que não pode ser esquecido, a saber, o fato de erupções simultâneas de um novo vírus em três países diferentes e, nos três casos, nenhuma epidemiologia clara e uma incapacidade de identificar a fonte original ou o paciente zero.
Vários especialistas em armas biológicas concordam por unanimidade que as erupções na população humana de um agente patogénico novo e fora do comum, simultaneamente, em vários locais, sem uma ideia clara da origem e dos casos sem ligações comprovadas, são provas prima facie (à primeira vista) de um agente patogénico libertado deliberadamente, já que os surtos naturais quase sempre podem ser resolvidos a um local e a um paciente zero. A possibilidade de uma fuga deliberada é tão forte em Itália e na Coreia do Sul, como na China, com as três nações a partilhar, aparentemente, as mesmas suspeitas.
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“Larry Romanoff, consultor de administração e empresário aposentado. Ocupou cargos executivos especializados em empresas de consultoria internacionais e possuía uma empresa internacional de importação e exportação. Professor Visitante da Universidade Fudan de Shangai, apresenta estudos de casos em assuntos internacionais a executivos especializados. Romanoff reside em Shangai e, actualmente, está a escrever uma série de dez livros, de um modo geral, relacionados com a China e com o Ocidente. Pode ser contactado através do email: 2186604556@qq.com”.
Notas
(A) Isto é um comentário, mas a Itália experimentou uma taxa de mortalidade quase dupla da de Wuhan, mas pode haver um factor de contribuição externo. Observou-se que, na maioria dos casos, especialmente entre os idosos de Itália, o ibuprofeno era amplamente utilizado como analgésico. O Lancet publicou um artigo demonstrando que o uso do ibuprofeno pode facilitar, acentuadamente, a capacidade do vírus infectar e, portanto, aumentar o risco de infecção grave e fatal.(YY)
“A idade média dos que morreram em Itália, era de 81 anos e mais de dois terços desses pacientes tinham. . . condições de saúde colaterais, mas também vale a pena notar que eles tinham a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) causada pela. . . pneumonia por SARS-CoV-2, precisavam de suporte respiratório e “caso contrário, não teriam morrido.”
A Fonte original deste artigo é Global Research
Copyright © Larry Romanoff, Global Research, 2020
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO
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