Moscovo pronta para instalar mísseis contra os EUA se Washington posicionar mísseis na
Europa
20 de
fevereiro 2019, 12:00
Se
Washington colocar mísseis na Europa, Moscovo tomará medidas recíprocas fez
saber Vladimir Putin, afirmando que a Rússia não procura um confronto com os
Estados Unidos.
No seu discurso
na Assembléia Federal, o Presidente russo, Vladimir Putin, voltou ao assunto da
saída dos Estados Unidos do Tratado INF, e as suas consequências. O Presidente
russo explicou que Moscovo não tinha a intenção de usar mísseis primeiro, mas
seria forçado a tomar medidas recíprocas, na eventualidade dos Estados Unidos o fazerem.
"A
Rússia não pretende instalar esses sistemas de armas na Europa", disse
ele. "No entanto, se Washington colocar mísseis na Europa, a Rússia terá como
alvo não só os países onde os seus mísseis estiverem posicionados, mas também os próprios
Estados Unidos, disse o Chefe de Estado russo. "Direi, clara e
abertamente: a Rússia será forçada a usar armas que possam ser usadas não
apenas contra os territórios, dos quais pode vir uma ameaça directa, mas também
contra os territórios onde se encontram os centros de decisão do uso de mísseis
que nos ameacem, disse Vladimir Putin.
O Chefe de
Estado também salientou que, apesar do que pretendem algumas nações, Moscovo
não é uma ameaça. "As acções militares da Rússia respondem ao que os
Estados Unidos e os seus aliados fazem e são de natureza defensiva. A política
de Washington é de visão curta, destruidoras e prejudicam os interesses dos
Estados Unidos", acrescentou. "Todas as acções da Rússia em termos
militares visam garantir a sua segurança, eliminando até mesmo qualquer sombra da
ameaça de usar a força contra ela. O que a Rússia quer é a paz ".
O Presidente russo finalmente acusou os Estados Unidos de utilizar "acusações
imaginárias" para justificar a sua retirada do Tratado Nuclear INF, o que
levou Moscovo a suspender a sua participação no acordo da Guerra Fria e a
desenvolver novas armas. "Os nossos parceiros americanos deveriam ter falado honestamente em vez de usar acusações imaginárias contra a Rússia para motivar a sua saída unilateral do acordo", disse Vladimir Putin a ambas as Câmaras do
Parlamento.
Detalhes a
seguir ...
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