Labels

SUPPORT JULIAN ASSANGE

Monday, November 12, 2018

PT -- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Os destruidores da Líbia, agora «pela Líbia»



A arte da guerra

Os destruidores da Líbia, agora «pela Líbia»

Manlio Dinucci


Um crescente (símbolo do islamismo) representado como um hemisfério estilizado que, ladeado por uma estrela e as palavras «for/with Libya» (para/com a Líbia), representa “um mundo que quer colocar-se ao lado da Líbia”: é o logotipo da “Conferência para a Líbia”, promovida pelo governo italiano, como mostra o tricolor na parte inferior do crescente/hemisfério. A Conferência Internacional desenrola-se nos dias 12 e 13 de Novembro, em Palermo, naquela Sicília que, há sete anos, foi a principal base de lançamento para a guerra com a qual a NATO, sob comando USA, demoliu o Estado líbio. Ela foi iniciada, financiando e armando na Líbia, sectores tribais e grupos islâmicos hostis ao governo de Trípoli e infiltrando no país, forças especiais, incluindo milhares de comandos catarianos, disfarçados de “rebeldes líbios”.

Era assim lançado, em Março de 2011, o ataque aéreo USA/NATO que durou 7 meses. A aviação realizou 30 mil missões, das quais 10 mil de ataque, empregando mais de 40 mil bombas e mísseis. A Itália, por vontade de um vasto arco político, da direita à esquerda, participava na guerra não só com a sua própria aviação e marinha, mas colocava à disposição das forças USA/NATO, 7 bases aéreas: Trapani, Sigonella, Pantelleria, Gioia del Colle, Amendola, Decimomannu e Aviano. Com a guerra de 2011, a NATO arrasava aquele Estado que, na margem sul do Mediterrâneo, em frente à Itália, tinha alcançado, embora com consideráveis ​​disparidades internas, “altos níveis de crescimento económico e desenvolvimento humano” (como documentava, em 2010, o Banco Mundial), superiores aos de outros países africanos. Testemunhavam-no, o facto de que tinham encontrado trabalho na Líbia, cerca de dois milhões de imigrantes, a maior parte, africanos. Ao mesmo tempo, a Líbia teria possibilitado, com os seus fundos soberanos, o nascimento, em África, de organismos económicos independentes e uma moeda africana. USA e França – provam-no os emails da Secretária de Estado, Hillary Clinton - concordaram em bloquear, antes de tudo, o plano de Gaddafi de criar uma moeda africana, em alternativa ao dólar e ao franco CFA, imposto pela França às suas 14 antigas colónias africanas.


Derrubado o Estado e Gaddafi assassinado, na situação caótica que se seguiu, iniciou-se, no plano internacional e interno, uma luta feroz para a divisão de um espólio enorme: as reservas petrolíferas (as maiores de África) e de gás natural; o imenso lençol freático núbio de água fóssil, o ouro branco em perspectiva mais precioso do que o ouro negro; o próprio território líbio, de primordial  importância geoestratégica; os fundos soberanos, cerca de 150 biliões de dólares investidos no exterior pelo Estado líbio, “congelados”, em 2011, nos principais bancos europeus e dos EUA. Por outras palavras, roubados. Por exemplo, dos 16 biliões de euros de fundos líbios “congelados”  no Euroclear Bank, na Bélgica e em Luxemburgo, apareceram apenas 10. "A partir de 2013 - documenta a RTBF (Rádio  TV francófona belga) - centenas de milhões de euros, provenientes desses fundos, foram enviados para a Líbia a fim de financiar a guerra civil que causou uma grave crise migratória”. Muitos imigrantes africanos, na Líbia, foram presos e torturados por milícias islâmicas. A Líbia tornou-se a principal rota de trânsito, nas mãos dos traficantes e dos  manipuladores internacionais, de um fluxo caótico migratório que, desde então no Mediterrâneo, tem provocado a cada ano, mais vítimas das bombas da NATO, lançadas em 2011.

Não podemos calar, como também fizeram os organizadores da anti-Cimeira de Palermo que, na origem desta tragédia humana, está a guerra USA/NATO que há sete anos desmantelou em África, um Estado na sua totalidade.

il manifesto, 13 de Novembro de 2018


NO WAR NO NATO




Manlio Dinucci

Geógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos





No comments:

assange



At midday on Friday 5 February, 2016 Julian Assange, John Jones QC, Melinda Taylor, Jennifer Robinson and Baltasar Garzon will be speaking at a press conference at the Frontline Club on the decision made by the UN Working Group on Arbitrary Detention on the Assange case.

xmas





the way we live

MAN


THE ENTIRE 14:02' INTERVIEW IS AVAILABLE AT

RC



info@exopoliticsportugal.com

BJ 2 FEV


http://benjaminfulfordtranslations.blogspot.pt/


UPDATES ON THURSDAY MORNINGS

AT 08:00h UTC


By choosing to educate ourselves and to spread the word, we can and will build a brighter future.

bj


Report 26:01:2015

BRAZILIAN

CHINESE

CROATIAN

CZECK

ENGLISH

FRENCH

GREEK

GERMAN

ITALIAN

JAPANESE

PORTUGUESE

SPANISH

UPDATES ON THURSDAY MORNINGS

AT 08:00 H GMT


BENJAMIN FULFORD -- jan 19





UPDATES ON THURSDAY MORNINGS

AT 08:00 H GMT

PressTV News Videos