Global Research, 11 de Fevereiro de 2020
Região: USA
As sementes e os alimentos GM (Geneticamente Modificados) apresentam grandes riscos para todas as nações, tanto que, por muitas razões, provavelmente é imperativo que esses alimentos sejam banidos completamente. Este assunto é grande demais para ser discutido aqui, mas um aspecto exige um breve aviso. Se nos interrogassem sobre a origem das sementes GM, como é que a ideia foi concebida e desenvolvida, quem fez a pesquisa e quem forneceu o financiamento, como responderíamos? Podemos sugerir razoavelmente que, talvez, o conceito tenha sido originado no Departamento de Biologia ou de Agricultura de alguma universidade, ou que um laboratório do Governo ao fazer pesquisas sobre fornecimentos de alimentos possa ter concebido e continuado esta ideia. Ou, podemos sugerir que uma empresa privada, no campo da Agricultura, estava à procura de variedades mais produtivas de grãos e deparou-se com este processo.
Podíamos sugerir todas estas respostas, mas em cada caso estaríamos errados. As sementes GM foram concebidas, promovidas, pesquisadas e financiadas pelo Departamento de Defesa dos EUA - o Departamento de Guerra Americano. As sementes GM (geneticamente modificadas) nunca foram concebidas como a maneira de alimentar os famintos, mas foram concebidas e desenvolvidas como uma arma ou, mais precisamente, como um sistema de distribuição e entrega de armas. As sementes geneticamente modificadas nunca foram destinadas a sustentar a vida humana, mas a eliminá-la.
As sementes GM não são nem mais produtivas, nem mais saudáveis, do que as culturas tradicionais, e são muito mais caras e destrutivas, mas apresentam vantagens militares quase irresistíveis contra qualquer nação que se torne dependente desta fonte de grãos alimentares. Uma dessas vantagens é que os EUA podem usá-las como arma política, recusando-se a fornecer sementes a uma nação desfavorecida, talvez provocando a fome e o deslocamento generalizados. A outra é mais sinistra, pois muitos grupos experimentaram a tecnologia de processamento de genes, inserindo DNA não relacionado em várias sementes.
Num caso no Canadá, um departamento governamental descobriu um gene “anti-congelante" contido no sangue de peixes que vivem nas águas do Árctico, permitindo que eles sobrevivam em águas com temperaturas abaixo de zero. (20) Os cientistas uniram esse gene nas culturas de trigo canadianas, permitindo que o trigo suportasse temperaturas congelantes sem danos. A Monsanto também forçou esses genes nas culturas de tomate, dando origem ao primeiro tomate transgénico. (21) Um laboratório de pesquisa americano uniu os genes dos pirilampos em plantas de tabaco, produzindo um campo de tabaco que brilhava no escuro. (22)
Estes exemplos podem ser inofensivos, mas outros são muito menos. O Departamento de Defesa dos EUA investiu enormes quantias em pesquisas direccionadas à divisão de genes letais nessas sementes GM, incluindo a varíola, o vírus da gripe das aves e gripe suína, o coronavírus, a peste, AIDS e muito mais. Como arma militar, esta ciência não tem preço. Por que razão começar uma guerra com armamentos militares quando a Monsanto ou a Cargill podem vender arroz, milho e soja que contêm varíola, H5N1 ou um coronavírus? Quando a semente é colhida e passa para o fornecimento de alimentos do país, ela pode, em semanas, exterminar 50% ou mais da população, sem disparar um único tiro.
E este foi precisamente o motivo pelo qual as sementes GM foram concebidas e desenvolvidas pelos americanos. É uma arma de guerra, projectada e destinada a distribuir entre a população de uma nação um vírus letal ou outra doença para, literalmente, exterminar um inimigo sem risco para o agressor. Muitos cientistas e documentos militares dos EUA demonstraram que as sementes são muito mais baratas e muito mais eficazes que do que as bombas na procura do domínio militar. Um desses documentos militares que discuti noutro lugar declarava o custo por morte de uma população inimiga através das armas nucleares, convencionais e biológicas, sendo o último incomparavelmente inferior aos anteriores.
Em 2001, cientistas do laboratório biológico Epicyte, em San Diego, criaram um milho anticoncepcional GM, tendo descoberto uma classe rara de anticorpos humanos que atacam os espermatozóides. Os pesquisadores isolaram os genes que regulam o fabrico desses anticorpos e inseriram-nos nas plantas de milho, criando fábricas de culturas agrícolas que produzem anticoncepcionais. (23) (24) Logo após o comunicado de imprensa da Epicyte, em 2001, desapareceram todas as discussões sobre essa descoberta. A empresa foi adquirida pela Biolex e nada mais foi ouvido em nenhuma comunicação mediática sobre o desenvolvimento do milho espermicida. Epicyte, DuPont e Syngenta (patrocinadores do Svalbard Seed Vault ) tinham uma ‘joint venture’ para partilhar e usar esta tecnologia. Silvia Ribeiro, da ONG ETC Group, alertou numa coluna no diário mexicano La Jornada que “O potencial do milho espermicida como arma biológica é muito alto” e recordou o uso das esterilizações forçadas contra os povos indígenas.
A Caixa-Forte de Sementes do Dia do Julgamento Final, em Svalbard
Um novo e sério factor de preocupação, é a recém-anunciada caixa-forte de sementes construída num pedaço de rocha estéril chamada Svalbard, que pertence à Noruega. É um local muito remoto perto do Polo Norte e praticamente inacessível. De acordo com comunicados à imprensa, esta caixa-forte de sementes possui duas portas à prova de explosão com sensores de movimento, duas câmaras de ar e paredes de concreto reforçado com aço, com um metro de espessura. Não há funcionários a tempo inteiro, mas a relativa inacessibilidade da caixa-forte facilitará o controlo de qualquer actividade humana. O objectivo declarado é armazenar sementes do património mundial para que a diversidade de culturas possa ser salva para o futuro, mas essa diversidade já está “salva”, armazenada em caixas-fortes em todo o mundo. O que é que estas pessoas prevêem, para que tenha sido necessário desenvolver uma instalação tão remota e tão segura?
Os promotores e financiadores deste empreendimento são as mesmas pessoas que controlam as sementes geneticamente modificadas do mundo e estão entre os defensores mais directos da redução drástica da população mundial: as Fundações Rockefeller e Gates, Syngenta, DuPont, Monsanto e CGIAR. Estas são as mesmas pessoas que estão a destruir activamente a diversidade das culturas em todo o planeta. Por que razão é que, repentinamente, seguiram a religião e decidiram salvar na Noruega as mesmas sementes que estão a destruir noutros lugares?
Há algum tempo, William Engdahl escreveu um excelente artigo sobre o assunto da caixa-forte de sementes e chegou à mesma conclusão: essa caixa-forte foi criada como depósito de agentes patogénicos biológicos letais, cujo DNA pode ser combinado com sementes GM e libertado em qualquer lugar com a ajuda dessas mesmas empresas de sementes. Nenhum outro uso explicaria a lista de participantes ou a necessidade de localização remota e segurança praticamente à prova de armas nucleares. Engdahl pergunta: "É pura coincidência que essas mesmas organizações, desde a Noruega à Fundação Rockefeller e ao Banco Mundial, também estejam envolvidas no projecto do banco de sementes de Svalbard?" (25)
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Larry Romanoff, consultor de administração e empresário aposentado. Ocupou cargos executivos especializados em empresas de consultoria internacionais e possuía uma empresa internacional de importação e exportação. Professor Visitante da Universidade Fudan de Shangai, apresenta estudos de casos em assuntos internacionais a executivos especializados. Romanoff reside em Shangai e, actualmente, está a escrever uma série de dez livros, de um modo geral, relacionados com a China e com o Ocidente. Pode ser contactado através do email: 2186604556@qq.com.
Notas
(23) GM corn set to stop man spreading his seed; https://www.theguardian.com/science/2001/sep/09/gm.food
* Este texto é a Parte II de um artigo de 3 partes.
The original source of this article is Global Research
Copyright © Larry Romanoff, Global Research, 2020
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