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Sunday, September 30, 2018

TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA: O Estado da Palestina contra os EUA

TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA:

O Estado da Palestina contra os EUA


REDE VOLTAIRE | 30 DE SETEMBRO DE 2018




O Estado da Palestina iniciou um processo, em 28 de Setembro de 2018, contra os Estados Unidos no Tribunal Internacional de Justiça (o órgão arbitral das Nações Unidas).

A Palestina contesta a transferência da Embaixada dos EUA para Jerusalém. Para tanto, baseia-se na Resolução 181 (1947) da Assembleia Geral da ONU, ou seja, no plano de divisão da Palestina [1].

Este último estipula que a cidade de Jerusalém, definida no sentido mais lacto, é um corpus separatum dos estados independentes, judeus e árabes e, consequentemente, não pode ser a capital de nenhum desses dois Estados.

De mais a mais, a mesma disputa surgiu em 1980, quando Israel promulgou a sua Lei Básica, proclamando Jerusalém como sendo a sua capital. Na época, o Conselho de Segurança tinha confirmado na resolução 476, que essa proclamação violava a Convenção de Genebra sobre os Deslocados Internos e ordenou que Tel Aviv revogasse a sua Lei Básica. Como Israel não cumpriu, o Conselho de Segurança adoptou a resolução 478, convocando todos os Estados Membros que estabeleceram as suas embaixadas em Jerusalém, a retirá-las, o que foi feito imediatamente pela Bolívia, Chile, Colômbia e Costa Rica. Equador, Guatemala, Haiti, Panamá, Holanda, República Dominicana, El Salvador, Uruguai e Venezuela.

Este raciocínio é diferente do apresentado até agora pelas diferentes instâncias palestinianas. Remete à ideia estabelecida pela resolução 303 da Assembléia Geral segundo a qual, dado o seu estatuto religioso especial, Jerusalém deveria ser internacionalizada e administrada pelas Nações Unidas.
      
Documentos anexados

[1] « Résolution 181 (II) de l’Assemblée générale des Nations Unies », ONU (Assemblée générale) , Réseau Voltaire, 29 novembre 1947

ONU: A SÍRIA APELA À RETIRADA DAS FORÇAS DE OCUPAÇÃO AMERICANAS, FRANCESAS E TURCAS


REDE VOLTAIRE | 29 DE SETEMBRO DE 2018 
 

Ao intervir na tribuna da 73ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, o Vice-Primeiro Ministro sírio, Walid Al-Moallem, apelou para a retirada imediata das forças americanas, francesas e turcas [1].
Esta declaração surge depois do ataque conjunto britânico-franco-israelita e da destruição de um avião de vigilância russa. Desde então, a Rússia entrega, em cadência acelerada, equipamento militar de interferência e vigilância, bem como baterias anti-aéreas S-300, enquanto os Estados Unidos retiram os seus mísseis Patriot da região.
A presença de tropas francesas desde o início do conflito (excepto durante os últimos três meses do mandato do Presidente Nicolas Sarkozy) é um segredo conhecido de todos mas que não foi divulgado oficialmente. Sempre negada pelas autoridades francesas e pelos meios mediáticos (br.mídia), essa presença é sempre constatada no terreno.
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[1] “Remarks by Walid Al-Moualem to the 73rd Session of the United Nations General Assembly”, by Walid Al-Moualem, Voltaire Network, 29 September 2018. 


por Walid Al-Moualem
REDE VOLTAIRE | NEW YORK (EUA) | 29 DE SETEMBRO DE 2018
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Senhora Presidente da 73.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas,
Gostaria de congratular, a Senhora e o seu país, o Equador, pela sua eleição como presidente da actual sessão da Assembleia Geral e desejo que seja bem-sucedida. Também gostaria de agradecer ao seu predecessor por presidir a Assembleia durante a sessão anterior.

Senhora  Presidente, Senhoras e Senhores,
Todos os anos chegamos a este fórum internacional fundamental, esperando que todos os cantos deste mundo se tenham tornado mais seguros, estáveis e prósperos. Hoje, a nossa esperança é mais forte do que nunca, assim como a confiança de que a vontade do nosso povo acabará por triunfar. A nossa esperança e confiança são o resultado de mais de sete anos de privações, durante os quais o nosso povo sofreu com o flagelo do terrorismo. No entanto, os sírios recusaram comprometer-se. Repudiaram sucumbir a grupos terroristas e aos seus apoiantes externos. Resistiram. Permaneceram desafiantes, totalmente convencidos de que era uma batalha pela sua existência, pela sua História e pelo seu futuro, e que no final, irão erguer-se vitoriosos.
Para descontentamento de alguns, aqui estamos hoje, passado mais de sete anos nesta guerra suja contra o meu país, a anunciar ao mundo que a situação no terreno se tornou mais segura e estável e que a nossa guerra ao terror está quase terminada, graças ao heroísmo, determinação e unidade do nosso povo e do exército, e ao apoio dos nossos aliados e amigos. No entanto, não vamos ficar por aqui. Continuamos comprometidos em combater esta batalha sagrada até limpar todos os territórios sírios de grupos terroristas, independentemente dos seus nomes, e de qualquer presença estrangeira ilegal. Não daremos atenção aos ataques, pressões externas, mentiras ou alegações que nos desencorajem. Este é o nosso dever e um direito não negociável que temos exercido, desde o momento em que nos propusemos erradicar o terrorismo da nossa terra.
Senhora Presidente,
Os governos de certos países negaram-nos o direito e o dever nacional de combater o terrorismo, proteger o nosso povo no nosso território e dentro das nossas próprias fronteiras, de acordo com o Direito Internacional. Ao mesmo tempo, esses governos formaram uma coligação internacional ilegítima, liderada pelos Estados Unidos, sob o pretexto de combater o terrorismo na Síria. A denominada coligação internacional fez tudo menos combater o terrorismo. Tornou-se óbvio que os objectivos da coligação estavam em perfeito alinhamento com os dos grupos terroristas; semear o caos, a morte e a destruição no seu caminho. Essa coligação destruiu completamente a cidade síria de Raqqa; derrubou infraestruturas e serviços públicos nas áreas que alvejava; cometeu massacres contra civis, incluindo crianças e mulheres, que constituem crimes de guerra, segundo o Direito Internacional. Essa coligação também forneceu apoio militar directo aos terroristas, em inúmeras ocasiões, quando eles lutavam contra o exército sírio. Deveria mais apropriadamente ter sido designada como “A Coligação para Apoiar Terroristas e Crimes de Guerra”.
A situação na Síria não pode ser dissociada da batalha entre dois campos no cenário mundial: um dos campos promove a paz, a estabilidade e a prosperidade em todo o mundo, defende o diálogo e a compreensão mútua, respeita o Direito Internacional e defende o princípio da não-interferência nos assuntos internos dos outros Estados. O outro campo tenta criar o caos nas relações internacionais e emprega a colonização e a hegemonia como ferramentas para promover os seus interesses restritos, mesmo que isso signifique recorrer a métodos corruptos, como apoiar o terrorismo e impor um bloqueio económico, para subjugar povos e governos que rejeitam decisões unilaterais e insistem em tomar as suas próprias decisões.
O que aconteceu na Síria deveria ter sido uma lição para alguns países, mas esses países recusam-se a aprender. Em vez disso, escolhem enterrar a cabeça na areia. Por este motivo é que, senhoras e senhores, nós, os membros desta organização, devemos fazer uma escolha clara e inequívoca:
Ø  Iremos defender o Direito Internacional e a Carta da ONU e permanecer do lado da justiça?
Ø  Ou iremos submeter-nos a tendências hegemónicas e à lei da selva que alguns estão a tentar impor a esta organização e ao mundo?

Senhoras e Senhores,
Hoje, a situação no terreno é mais estável e segura, graças aos progressos no combate ao terrorismo. O governo continua a reabilitar as áreas destruídas pelos terroristas para restaurar a normalidade. Estão agora presentes todas as condições para o regresso voluntário dos refugiados sírios ao país que eles tiveram de abandonar devido ao terrorismo e às medidas económicas unilaterais que visavam as suas vidas do dia-a-dia e os seus meios de subsistência. De facto, milhares de refugiados sírios no estrangeiro, iniciaram a viagem de regresso ao nosso país.
O regresso de todos os refugiados sírios é uma prioridade para o Estado sírio. As portas estão abertas para todos os sírios no estrangeiro, para regressar de forma voluntária e segura. E o que se aplica aos sírios dentro da Síria também se aplica aos sírios no estrangeiro. Ninguém está acima da lei. Graças à ajuda da Rússia, o governo sírio não poupará esforços para facilitar o retorno desses refugiados e atender às suas necessidades básicas. Foi criada recentemente, na Síria, uma comissão especial para coordenar a volta dos refugiados aos seus locais de origem  e ajudá-los a recuperar as suas vidas.
Convocámos a comunidade internacional e as organizações humanitárias para facilitar esses regressos. No entanto, alguns países ocidentais e em conformidade com o seu comportamento desonesto desde o início da guerra contra a Síria, continuam a impedir a vinda dos refugiados. Eles estão a espalhar medos irracionais entre os refugiados; estão a politizar o que deveria ser uma questão puramente humanitária, usando os refugiados como moeda de troca para servir a sua agenda política e vinculando o regresso dos refugiados ao processo político.
Hoje, quando estamos prestes a fechar o último capítulo da crise, os sírios estão a unir-se para apagar os vestígios desta guerra terrorista e para reconstruir o país com as suas próprias mãos, tanto os que permaneceram na Síria, como os que foram forçados a sair. Agradecemos toda e qualquer ajuda na reconstrução, da parte dos países que não fizeram parte da agressão à Síria e daqueles que se colocaram, clara e explicitamente, contra o terrorismo. No entanto, a prioridade é para os nossos amigos que ficaram ao nosso lado, na nossa guerra contra o terror. Quanto aos países que oferecem apenas assistência condicional ou que continuam a apoiar o terrorismo, os mesmos não são convidados nem bem-vindos a ajudar.
Senhora Presidente,
À medida que avançamos no combate ao terrorismo, na reconstrução e no regresso dos refugiados, continuamos empenhados no processo político sem comprometer os nossos princípios nacionais.
Estes princípios incluem a preservação da soberania, da independência e da unidade territorial da República Árabe da Síria, protegendo o direito exclusivo dos sírios de determinar o futuro do seu país sem interferência externa e de erradicar o terrorismo do nosso país. Declarámos, muitas vezes, a nossa prontidão para responder a qualquer iniciativa que ajudasse os sírios a acabar a crise. Empenhámo-nos, positivamente, nas conversações de Genebra, no processo de Astana e no diálogo nacional sírio em Sochi. No entanto, foram sempre as outras partes que rejeitaram o diálogo e recorreram ao terrorismo e à interferência estrangeira para alcançar os seus objectivos.
No entanto, continuamos a concretizar os resultados do diálogo nacional sírio de Sochi, sobre a formação de uma comissão constitucional para reavaliar a Constituição actual. Apresentamos uma visão prática e abrangente sobre a composição, as prerrogativas e os métodos de trabalho da comissão e submetemos uma lista de representantes em nome do Estado sírio.
Salientamos que o mandato da comissão limita-se a rever os artigos da Constituição actual, através de um processo liderado pela Síria e de propriedade da Síria, que pode ser facilitado pelo Enviado Especial do Secretário Geral para a Síria. Não devem ser impostas à comissão nenhumas condições prévias, nem as suas recomendações devem ser julgadas antecipadamente. A comissão deve ser independente, já que a Constituição é uma questão síria a ser decidida pelos próprios sírios. Portanto, não aceitaremos nenhuma proposta que constitua uma interferência nos assuntos internos da Síria ou que conduza a tal interferência. O povo sírio deve ter a palavra final sobre qualquer assunto constitucional ou soberano. Estamos prontos para trabalhar activamente com nossos amigos para reunir a comissão em conformidade com os parâmetros que acabei de mencionar.
Além destas iniciativas internacionais, a reconciliação local está bem encaminhada. Acordos de reconciliação permitiram-nos estancatar o derramamento de sangue e evitar a destruição em muitas áreas ao redor da Síria. Eles restauraram a estabilidade e uma vida normal nessas áreas e permitiram que as pessoas regressassem às casas que foram forçados a deixar por causa do terrorismo. Portanto, a reconciliação continuará a ser a nossa prioridade.
Senhoras e Senhores,
A batalha que travámos na Síria contra o terrorismo, não era apenas uma batalha militar. Foi também uma batalha ideológica entre a cultura da destruição, do extremismo e da morte, e a cultura da construção, da tolerância e da vida. Por esta razão, faço um apelo a esta tribuna, apelando à luta contra a ideologia do terrorismo e do extremismo violento, esgotando o seu apoio e os seus recursos financeiros, concretizando resoluções relevantes do Conselho de Segurança, nomeadamente a resolução 2253. Embora importante, a batalha militar contra o terrorismo é insuficiente. O terrorismo é como uma epidemia. Ele regressará, espalhar-se-á rapidamente e ameaçará todos sem excepção.
Senhora Presidente, Senhoras e Senhores,
Condenamos e rejeitamos totalmente, o uso de armas químicas em quaisquer circunstâncias, sempre, onde quer que seja e independentemente do alvo. Por esse motivo é que a Síria eliminou completamente o seu programa de produtos químicos e cumpriu todos os seus compromissos como membro da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ/OPCW), conforme foi confirmado por numerosos relatórios dessa organização.
Embora alguns países ocidentais estejam constantemente a tentar politizar o trabalho da mesma, cooperamos sempre com a OPAQ/OPCW na mais ampla medida possível. Infelizmente, sempre que manifestamos a nossa disposição para receber equipas de investigação objectivas e profissionais para investigar o suposto uso de armas químicas, esses países bloqueiam esses esforços porque sabem que as conclusões das investigações não satisfazem as más intenções que eles têm contra a Síria.
Estes países têm acusações e cenários preparados para justificar uma agressão à Síria.
Foi o que aconteceu, quando os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram uma agressão injustificada contra a Síria, no passado mês de Abril, alegando que foram usadas armas químicas, sem ter havido qualquer investigação ou evidência e em flagrante violação da soberania da Síria, do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas.
Entretanto, esses mesmos países desconsideraram todas as informações credíveis que fornecemos sobre as armas químicas na posse de grupos terroristas, que as usaram em inúmeras ocasiões para culpar o governo sírio e justificar um ataque contra ele. A organização terrorista conhecida como os “Capacetes Brancos" foi a principal ferramenta usada para enganar a opinião pública, fabricar acusações e inventar mentiras sobre o uso de armas químicas na Síria. Os Capacetes Brancos foram criados pelos serviços secretos britânicos, sob a capa de serem uma organização humanitária. No entanto, está provado que esta organização faz parte da Frente Nosra, afiliada à Al-Qaeda. Apesar de todas as alegações, continuamos empenhados em libertar todo o nosso território sem nos preocuparmos com as bandeiras negras dos terroristas ou as palhaçadas dos Capacetes Brancos.
Senhoras e Senhores,
Noutro episódio da guerra terrorista contra a Síria, desde 2011, os atentados suicidas orquestrados pelo ISIL desorganizaram a província de Suwayda, no sul da Síria, em Julho passado. Vale a pena notar que os terroristas por trás desse ataque vieram da área de Tanf, onde permanecem forças dos EUA. A área tornou-se um refúgio seguro para os remanescentes do ISIL que agora estão escondidos no campo de refugiados de Rukban, na fronteira com a Jordânia, sob a proteção das forças dos EUA. Os Estados Unidos também procuraram prolongar a crise na Síria, libertando terroristas de Guantánamo e enviando-os para a Síria, onde se tornaram os líderes eficientes da Frente de Nosra e de outros grupos terroristas.
Entretanto, o regime turco continua a apoiar os terroristas, na Síria. Desde o primeiro dia da guerra contra a Síria, o regime turco treinou e armou terroristas, transformando a Turquia num centro e num corredor para os terroristas a caminho da Síria. Quando os terroristas deixaram de cumprir a sua agenda (programa), o regime turco recorreu à agressão militar directa, atacando cidades e vilarejos no norte da Síria. No entanto, todas essas acções que comprometem a soberania, a unidade e a integridade territorial da Síria e violam o Direito Internacional, não nos impedirão de exercer os nossos direitos e de cumprir os nossos deveres de recuperar nossa terra e libertá-la dos terroristas, seja através de acção militar ou por intermédio de acordos de reconciliação. Estivemos sempre abertos a qualquer iniciativa que evite novas mortes e restaure a protecção e a segurança em áreas afectadas pelo terrorismo. Por esta razão, é que saudamos o acordo sobre o Idlib, obtido em Sochi, em 17 de Setembro. O acordo foi o resultado de consultas intensas e de total coordenação entre a Síria e a Rússia. O acordo é por prazo determinado, inclui datas precisas e cumpre os acordos sobre as zonas de redução progressiva da guerra, conseguidas em Astana. Esperamos que, quando o acordo for concretizado, a Frente Nosra e outros grupos terroristas sejam destruídos, eliminando assim os últimos remanescentes do terrorismo na Síria.
Qualquer presença estrangeira em território sírio, sem o consentimento do governo sírio, é ilegal e constitui uma violação flagrante do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas. É um assalto à nossa soberania, que arruina os esforços contra o terrorismo e ameaça a paz e a segurança da região. Portanto, consideramos quaisquer forças que operam em território sírio, sem ter havido um pedido explícito da parte do governo sírio, incluindo as forças norte-americanas, francesas e turcas, como forças de ocupação, e serão tratadas de acordo com a nossa avaliação. Elas devem retirar-se imediatamente e sem condições.
Senhoras e Senhores,
Israel continua a ocupar uma boa parte do nosso território no Golã Sírio e o nosso povo, nessa região, continua a sofrer devido às políticas opressivas e agressivas desse país. Israel até apoiou grupos terroristas que operavam no sul da Síria, protegendo-os através de intervenção militar directa e lançando repetidos ataques à Síria. Mas, tal como libertamos o sul da Síria dos terroristas, estamos determinados a libertar totalmente o Golã sírio ocupado até às fronteiras vigentes em 4 de Junho de 1967. A Síria exige que a comunidade internacional ponha fim a todas essas práticas e obrigue Israel a concretizar as resoluções relevantes da ONU, nomeadamente a resolução 497 sobre o Golã sírio ocupado. A comunidade internacional também deve ajudar o povo palestiniano a estabelecer o seu próprio Estado independente, considerando Jerusalém como sendo a sua capital, e facilitar o regresso dos refugiados da Palestina à sua terra, de acordo com resoluções internacionais. Quaisquer acções que prejudiquem esses direitos são nulas e sem efeito e ameaçam a paz e segurança regionais, especialmente a lei racista israelita conhecida como “a Lei do Estado-Nação” e a decisão do governo dos EUA, de transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém e interromper o financiamento ao UNRWA.
Senhora Presidente,
A Síria condena veementemente a decisão da Administração dos EUA de se retirar do acordo nuclear com o Irão, o que prova mais uma vez a desconsideração dos Estados Unidos por tratados e convenções internacionais. Declaramos mais uma vez a nossa solidariedade com os líderes e com o povo da República Islâmica do Irão e confiamos que eles superarão os efeitos dessa decisão irresponsável. Também alinhamos com o governo e o povo da Venezuela diante das tentativas de interferência dos EUA, nos seus assuntos internos. Apelamos, mais uma vez, para que sejam levantadas as sanções económicas unilaterais contra o povo sírio e contra todos os povos independentes, em todo o mundo, especialmente os povos da RPDC, Cuba e Belarus.
Senhora Presidente, 
Senhoras e Senhores,
Com a ajuda dos nossos aliados e amigos, a Síria derrotará o terrorismo. O mundo não deve esquecê-lo e deve tratar-nos de acordo. Chegou o momento daqueles que perderam o contacto com a situação real, acordarem e abandonarem as suas fantasias,  de começarem a pensar racionalmente. Eles devem perceber que não conseguirão politicamente aquilo que não conseguiram alcançar pela força. Nunca comprometemos os nossos princípios nacionais, mesmo quando a guerra estava no auge. Claro que não o faremos hoje.
Ao mesmo tempo, queremos a paz para todos os povos do mundo porque queremos a paz para o nosso povo. Nunca atacamos os outros. Nunca interferimos nos assuntos dos outros. Nunca exportamos terroristas para outras partes do mundo. Mantivemos sempre as melhores relações com os outros países. Hoje, enquanto procuramos derrotar o terrorismo, continuamos a advogar o diálogo e a compreensão mútua para servir os interesses do nosso povo e para alcançar segurança, estabilidade e prosperidade para todos.

Saturday, September 29, 2018

‘It’s the Economy, Stupid’: What Really Drives US Sanctions Against Russia


‘It’s the Economy, Stupid’: What Really Drives US Sanctions Against Russia
ARKADY SAVITSKY | 29.09.2018 | WORLD / AMERICAS
The US Department of Commerce has imposed restrictions on 12 Russian corporations that are “acting contrary to the national security or foreign policy interests of the US.” The notice has been published in the Federal Register. US corporations are banned from exporting dual-use goods to the sanctioned companies.
A closer look at the list makes one wonder. The companies under fire have no relation to defense production and have no ties at all with the Russian Ministry of Defense. None of them have signed any contracts with the military. AeroComposite, part of Russia’s state-run United Aircraft Corporation, produces wings for the civilian MC-21 airliner, Aviadvigatel produces engines for military aviation, it has neither technology nor experience to get involved in defense projects, Divetechnoservice is a civilian diving equipment producer, Nilco Group deals in grain, oil products, steel, wood, port services, paper, electronic parts and cement.
It’s not the military the US aims at this time. The real target is Russian civil aviation, which is on the rise. It’s enough to remember that as soon as Aeroflot Company announced its plans to acquire 100 Superjet SSJ-100 airliners instead of American Boeings, the US Treasury said it was considering the possibility of introducing sanctions against the Russian company Sukhoi, allegedly because its combat planes may have been used in Syrian chemical attacks. 
A closer look at the blacklist shows the US has sanctioned those who are involved in the production of civilian airliner Irkut MC-21. Aviadvigatel is to supply PD-14 and PD-35 engines, which cannot power combat planes. AeroComposite, a producer of composites, is responsible for the development and creation of the composite wing for the aircraft. The MC-21 will be the world’s first airliner with a capacity of more than 130 passengers to have composite-based wings. The estimated share of composites in the overall design is 40%. So far, the company has produced composite parts only for MC-21 and no other aircraft.

Vladimir Putin proposes compromise on pension reform, Russian lawmakers agree

Russian president softens some original provisions of the pensioner age hike bill, allowing it to clear the lower house by wide margins.
 September 29, 2018
By
The lower house of the Russian Parliament, the Duma, adopted reforms suggested by President Vladimir Putin to soften the pension age hike initially announced over the summer.
That announcement, made in a rather clandestine way June 14th, 2018 during the opening of the FIFA 2018 World Cup, was received rather cynically and with anger by many in Russia, both for the actual meat of the proposal (to raise the retirement age from 60 to 65 years of age for men, and from 55 to 63 years of age for women), and the fact that this idea was announced while the nation was largely distracted by the World Cup.
There is no real way that this proposal would be popular, especially because the President promised in 2005 to never raise the pension age while he was in office. This year, he broke this promise, though the reasons are evident.
However, the President suggested some changes that were adopted almost unanimously in the second and third readings of the bill by the Duma, as TASS reports:
The State Duma, the lower house of the Russian parliament, has adopted the bill on pension reform in the third and final reading.
The government submitted the bill to the State Duma in June. By the second reading the bill was adjusted in compliance with the amendments proposed by President Vladimir Putin.
In particular Putin suggested that the age of retirement should be set at 60 for women, not 63, as the Cabinet originally proposed. For men, the retirement age is set at 65 years. The amendments reduce by three years the length of service that gives the right to early retirement: for men it was reduced to 42 from 45 years as it was originally planned, for women it was reduced to 37 from 40 years.
The law also secures the right to early retirement for mothers with many children. For families with many children the law keeps the existing norms for obtaining a funded pension: this pension will be paid to women when they turn 55 and to men when they turn 60.

Ten Modern Methods of Mind Control


Global Research, September 28, 2018
Electronic Stalking and Mind Control
This article was first posted on Global Research in January 2015.

The more one researches mind control, the more one will come to the conclusion that there is a coordinated script that has been in place for a very long time with the goal to turn the human race into non-thinking automatons.  For as long as man has pursued power over the masses, mind control has been orchestrated by those who study human behavior in order to bend large populations to the will of a small “elite” group.

Today, we have entered a perilous phase where mind control has taken on a physical, scientific dimension that threatens to become a permanent state if we do not become aware of the tools at the disposal of the technocratic dictatorship unfolding on a worldwide scale.

Modern mind control is both technological and psychological.  Tests show that simply by exposing the methods of mind control, the effects can be reduced or eliminated, at least for mind control advertising and propaganda.  More difficult to counter are the physical intrusions, which the military-industrial complex continues to develop and improve upon.

1. Education — This is the most obvious, yet still remains the most insidious.  It has always been a would-be dictator’s ultimate fantasy to “educate” naturally impressionable children.  No one has been more instrumental in exposing the agenda of modern education than Charlotte Iserbyt — one can begin research into this area by downloading a free PDF of her book, The Deliberate Dumbing Down of America, which lays bare the role of Globalist foundations in shaping a future intended to produce servile drones lorded over by a fully educated, aware elite class.

VIDEO -- L'Arte della Guerra - La strategia di demonizzazione della Russia(IT/PT/FR/SP/EN/DE)





IT -- INVITO

TRE LIBRI CONTRO LA GUERRA  

PRESENTATI AL FESTIVAL “FIRENZE LIBRO APERTO”

SABATO 29 SETTEMBRE
Ore 13:00 


Progetto Apocalisse
di P. H. Jonhstone
presentato da
JEAN TOSCHI MARAZZANI VISCONTI e MANLIO DINUCCI
Zambon Editore (Stand C2)


DOMENICA 30 SETTEMBRE
Ore 16:00 / Sala Renzo e Lucia
Guerra nucleare - il giorno prima
 


e
Diario di guerra


presentati da
GIULIETTO CHIESA e l’autore MANLIO DINUCCI 



Zambon Editore /  Asterios Editore (Stand C2)

PROIEZIONE DI UN BREVE VIDEO DI PANDORA TV SUL TEMA DELLE ARMI NUCLEARI

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NO ALLE BOMBE NUCLEARI IN ITALIA
APPELLO  DEL COMITATO NO GUERRA NO NATO

(V. RETRO)

Sono in fase di sviluppo negli Stati Uniti – documenta la U.S. Air Force – le bombe nucleari B61-12, destinate a sostituire dal 2020 le attuali B61 installate dagli Usa in Italia e altri paesi europei.

La B61-12 – documenta la Federazione degli scienziati americani (Fas) – è  una nuova arma nucleare, con una potenza media pari a quella di quattro bombe di Hiroshima e la capacità  di penetrare nel terreno per distruggere i bunker dei centri di comando in un attacco nucleare di sorpresa.

Le B61-12, che gli Usa si preparano a installare in Italia, sono armi che abbassano la soglia nucleare, ossia rendono più probabile il lancio di un attacco nucleare dal nostro paese e lo espongono quindi a una rappresaglia nucleare.

L’Italia, che fa parte del Gruppo di pianificazione nucleare della Nato, mette a disposizione non solo il suo territorio per l’installazione di armi nucleari, ma – dimostra la Fas – anche piloti che vengono addestrati all’attacco nucleare con cacciabombardieri italiani sotto comando Usa.

L’Italia viola in tal modo il Trattato di non-proliferazione delle armi nucleari, firmato nel 1969 e ratificato nel 1975, che all’Art. 2 stabilisce: «Ciascuno degli Stati militarmente non nucleari, che sia Parte del Trattato, si impegna a non ricevere da chicchessia armi nucleari o altri congegni nucleari esplosivi, né il controllo su tali armi e congegni esplosivi, direttamente o indirettamente».

L’Italia rifiuta allo stesso tempo di aderire al Trattato sulla proibizione delle armi nucleari che, nonostante sia stato votato alle Nazioni Unite da una maggioranza di 122 Stati, viene boicottato e ostacolato in tutti i modi dalla Nato di cui l’Italia fa parte insieme ad altri 28 Stati.

Chiediamo che l’Italia cessi di violare il Trattato di non-proliferazione e, attenendosi a quanto esso stabilisce, chieda agli Stati uniti di rimuovere immediatamente qualsiasi arma nucleare dal territorio italiano e rinunciare a installarvi le nuove bombe B61-12 e altre armi nucleari.

Chiediamo che l’Italia aderisca contemporaneamente al Trattato sulla proibizione delle armi nucleari, votato alle Nazioni Unite a grande maggioranza, il quale impegna a non produrre né possedere armi nucleari, a non usarle né a minacciare di usarle, a non trasferirle né a riceverle direttamente o indirettamente, con l’obiettivo della loro totale eliminazione. 



L’APPELLO PUO’ ESSERE FIRMATO ALLO STAND ZAMBON (C2) 
ALL’INTERNO DEL FESTIVAL

Friday, September 28, 2018

Russia’s Lavrov speaks at UN General Assembly (WATCH LIVE)

Russia’s Lavrov speaks at UN General Assembly (WATCH LIVE)

Russia’s Lavrov speaks at UN General Assembly (WATCH LIVE)
  • 28 September 2018
    18:14 GMT
    Lavrov said that Russia is similarly supporting diplomatic efforts in resolving the Arab-Israeli conflict and call on other nations not to try to monopolize them. A two-state solution must be implemented to ensure peace, he stated. 
  • 18:13 GMT
    Lavrov said that accusations by some Western nations need no better basis that saying it is ‘highly likely’. Lessons of the history have not been learned, he added. 
    Similar false pretexts were used to attack Yugoslavia, Iraq and Libya and a fabricated claim was used to attack Syria this year. he said.
    The 7-year-old war in Syria is a failed attempt of regime change with the help of extremists shipped from outside the country, which almost turned it into a terrorist caliphate, he continued adding that Russia helped turn the tide in Syria with military assistance and diplomatic support. The progress in finding a political resolution of Syrian domestic problems is underway, he said. 

Thursday, September 27, 2018

DE -- Manlio Dinucci -- "DIE KUNST DES KRIEGES" -- Die Strategie der Dämonisierung Russlands


"DIE KUNST DES KRIEGES"
Die Strategie der Dämonisierung Russlands
von Manlio Dinucci

Der Regierungsvertrag, der im vergangenen Mai von der Fünf-Sterne-Bewegung und der Lega verabschiedet wurde, bestätigt, dass Italien die Vereinigten Staaten als "privilegierten Verbündeten" betrachtet. Eine Verbindung, die durch Premierminister Giuseppe Conte bekräftigt wurde, der bei seinem Treffen mit Präsident Donald Trump im Juli mit den USA "eine strategische Zusammenarbeit, fast eine Übung in Partnerschaft, kraft derer Italien zu einem privilegierten Gesprächspartner der Vereinigten Staaten für die wichtigsten Herausforderungen, denen es zu begegnen gilt, wird" festigte. Gleichzeitig unterzeichnete die neue Regierung jedoch einen Vertrag, in dem sie eine "Öffnung nach Russland, die nicht als Bedrohung, sondern als Wirtschaftspartner " und sogar als "potenzieller Partner der NATO " wahrgenommen werden sollte erklärte. Wie den Teufel davon zu überzeugen, das Weihwasser zu mögen.
Auf diese Weise können sowohl die Regierung als auch die Opposition die US-Strategie der Dämonisierung Russlands ignorieren, die darauf abzielt, das Bild eines gefährlichen Feindes zu schaffen, gegen den wir uns auf einen Kampf vorbereiten müssen.
Diese Strategie wurde in einer Anhörung im Senat von Wess Mitchell, stellvertretender Sekretär des Außenministeriums für europäische und eurasische Angelegenheiten, dargelegt. "Um der russischen Bedrohung standzuhalten, muss die US-Diplomatie durch eine Militärmacht unterstützt werden, die unübertroffen ist und vollständig in unsere Verbündeten und alle unsere Machtinstrumente integriert ist "[1].
Mit der Erhöhung ihres Militärhaushalts begannen die Vereinigten Staaten, das „nukleare Arsenal zu rekapitalisieren“, einschließlich der neuen Atombomben B61-12, die ab 2020 in Italien und anderen europäischen Ländern gegen Russland stationiert werden sollen.
Die Vereinigten Staaten, so der Vize-Sekretär, haben seit 2015 11 Milliarden Dollar (2019 werden es 16 Milliarden sein) für die "European Dissuasion Initiative" ausgegeben, in anderen Worten, um ihre militärische Präsenz gegen Russland in Europa zu verstärken.
Innerhalb der NATO ist es ihnen gelungen, eine Erhöhung der Militärausgaben ihrer europäischen Verbündeten um mehr als 40 Milliarden Dollar zu erzwingen und zwei neue Kommandozentralen einzurichten, darunter eine in den USA für den Atlantik, um sich gegen die "Bedrohung durch russische U-Boote" zu verteidigen. In Europa unterstützen die Vereinigten Staaten "die Staaten an vorderster Front", wie Polen und die baltischen Länder, und sie haben die Beschränkungen für die Lieferung von Waffen an Georgien und die Ukraine aufgehoben (d.h. die Staaten, die mit der Aggression gegen Südossetien und dem Maidanputsch die Eskalation von USA und NATO gegen Russland ausgelöst haben).
Der Vertreter des Außenministeriums warf Russland nicht nur militärische Aggression vor, sondern auch in den Vereinigten Staaten und in den europäischen Staaten, " psychologische Massenkampagnen gegen die Bevölkerung durchzuführen, um die Gesellschaft und die Regierung zu destabilisieren ". Um diese Operationen durchzuführen, die Teil der "kontinuierlichen Bemühungen des Putin-Instrumentariums zur internationalen Vorherrschaft" sind, nutzt der Kreml die "Palette subversiver Politiken, die einst von den Bolschewiki und dem Sowjetstaat betrieben und für das digitale Zeitalter aktualisiert wurden".
Wess Mitchell warf Russland Techniken vor, in denen sich die USA auszeichnen - sie haben 17 Bundesbehörden für Spionage und Subversion, darunter das Außenministerium. Es war dieselbe Organisation, die gerade einen neuen Posten geschaffen hat - " Senior Advisor for Russian Malign Activities and Trends "[2] - die mit der Entwicklung interregionaler Strategien beauftragt ist. Auf dieser Grundlage müssen die 49 diplomatischen US-Missionen in Europa und Eurasien in ihren jeweiligen Ländern konkrete Aktionspläne gegen den russischen Einfluss aufstellen.
Wir wissen noch nicht, wie der Aktionsplan der US-Botschaft in Italien aussehen könnte. Aber als der „privilegierte Gesprächspartner der Vereinigten Staaten“ muss Premierminister Conte es wissen. Er sollte dieses Wissen dem Parlament und der Nation vermitteln, bevor die " bösen Aktivitäten " Russlands Italien destabilisieren.
Manlio Dinucci
il manifesto 25.September 2018
Übersetzung: K.R.

[1] “Statement of A. Wess Mitchell at the US Senate Foreign Relations Committee”, von A. Wess Mitchell, Voltaire Network, 21. August 2018.


[2] Senior Advisor for Russian  Malign Activities and Trends, kurz SARMAT, so heißt auch die neueste russische Interkontinentalrakete. Amüsierte Reaktion des Sprechers des russischen Außenministers : "Es ist eine Verletzung der Rechte des Autors", erklärte Frau Sacharowa.
NO WAR NO NATO
https://www.pandoratv.it/category/opinioni/manlio-dinucci-opinioni/


Manlio Dinucci
Geograph und Geopolitiker. Letztes veröffentliche Werk: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018

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